sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano Novo

Coisa muito rápida (e sincera):

Um FELIZ ANO NOVO a todos os amigos e leitores, e (coisa mais singela e significativa que se pode dizer/ desejar) QUE 2011 SEJA O MELHOR ANO DE SUA VIDA, repleto de realizações e todo tipo de alegrias!!!!!
Muito obrigado a todos pelo apoio, parceria, presença (real e virtual), comentários, etc., que fazem com que eu teime em continuar com 'esta bagaça', como já diria o Tas!
E que só se possa noticiar coisas boas por aqui - ah, isso é mais difícil, mas não custa sonhar!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Gangue da Matriz

Quem é mais novo talvez não entenda o porquê do nome "Gangue da Matriz", mas lá pelos anos 80 uma turminha de imbecis matou a pancadas um rapaz (Alex Thomas) na Praça da Matriz em Porto Alegre (entre eles estava um que viria a se tornar ator global anos depois). E quem não mora em PoA, talvez também não entenda, mas é em frente à Praça da Matriz que fica nosso poder legislativo estadual, com seus """"""""digníssimos""""""" dePUTAdos estaduais.

Feitas as apresentações, indico aqui o link para que vocês vejam/ escutem a nova música do Tonho Crocco (ex Ultramen), sobre o aumento dos salários dos deputados estaduais do RS, dado por eles mesmos, na esteira do que aconteceu em âmbito nacional. Tem o nome de todos na música.
Até tinha baixado para colocar aqui direto, mas resolvi encaminhar os leitores para o YouTube em vez disso; vamos ver se o vídeo roda o máximo possível e se entra na lista dos mais assistidos. Veja, reveja e indique a todos os seus conhecidos. É preciso, ainda que aos poucos, começar a agir.
Não dá mais para ainda fantasiar que o RS é diferente, que há aqui um outro grau de consciência e participação política...
Grande sacada do Crocco!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Bom velhinho

Coisa rápida, mas sincera:
Um pusta de um FELIZ NATAL a todos os leitores do blog, seus amigos e familiares. Tá, e a quem não o conhece também!
E que se priorize os sentimentos que envolvem a data, em vez do consumismo vazio de sempre!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nada como saber escrever

Sabendo escrever, fica mais bonito!
Seguinte: a very long time ago indiquei aqui o blog do Saramago. Ele, como todos sabem, virou estrelinha, mas seu caderno continua sendo alimentado diariamente, por sua fundação, com palavras dele mesmo (não, nada psicografado, tudo escrito em vida!!). O post de hoje diz algo que penso sinceramente (e que postei aqui), mas de uma maneira bem mais concisa, bonita e organizada. Mas a ideia é a mesma.
E tenho dito (e cada vez mais)!
Agora vou nessa, tem um livro me esperando. De papel.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Último

Não voltaria neste assunto, mas o vídeo é MUITO engraçado (se for visto com som)!!!!
Aí sim, esgotado o assunto!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Seja feita a vossa vontade!

Que assim seja!!!


Talvez agora, comendo o pão KIDIABA amassou e vendo que o buraco é MAZEMBaixo, a consciência vença a soberba...


Mas não se preocupem:



Abaixo, a dica musical de hoje:

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Políticamente incorreto


Em tempos de wikileaks, de revelações bombásticas e de discussões acerca do que é ou não é correto, vou fazer também minha revelação bombástica: acabei de ler o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, do Leandro Narloch.


Realmente "dá um sacode" naquilo que se acredita saber a respeito da história de nosso país. Para quem estudou a sério a História (e continua estudando, se atualizando) não traz muita novidade. Até porque nem poderia, pelos métodos do autor. Ele trabalha apenas com fontes secundárias, ou seja, com aquilo que outros já escreveram sobre cada um dos temas apresentados. Se ele tivesse acesso a arquivos inéditos ou novíssimas e recém descobertas fontes, ainda poderia se esperar novidades.

O fato é que ele parte de premissas reais: há mitos que REALMENTE se consolidaram no ensino de História do Brasil, há vícios e incorreções que foram (e muitas vezes são ainda) passadas adiante nas aulas de História, como se fossem verdades absolutas. Aliás, quem ensina História com "verdades absolutas" já está ensinando errado...

Mas se o autor pretende questionar (como se depreeende da dedicatória do livro), ele também acaba deixando espaço para muitos questionamentos:

- por exemplo, ao trabalhar sobre a questão da ditadura de 1964, analisa unilateralmente o contexto, afirmando que "antes de os militares derrubarem o Presidente João Goulart, já havia guerrilheiros planejando ações e se preparando para elas." Sim, de fato, mas já os militares faziam o mesmo, no mínimo, desde 10 anos antes também. Primeiro, com toda a mobilização que se encaminhava a um golpe (não é conclusão nem opinião minha, é o que está documentado inclusive através de ultimatos dados pelos militares) em 1954, e que acabou com o bnanho de água fria do suicídio de Vargas. Segundo, em 1961, quando, após a renúncia de Jânio, novamente os militares se assanham com o poder, e acabam consentindo (depois da Legalidade e tudo o mais) em entregar o poder a Jango, mas 'sem poderes', ou seja, sob um conveniente regime parlamentarista;

- atribui o golpe à data de 31 de março de 1964 (nele pegou esta data), e não a 1° de abril;

- a velha "história do se" (se tal coisa acontecesse, o Brasil seria assim...). Isso não existe. O autor usa mais uma vez argumentos unilaterais para defender seu ponto de vista. "Se o poder fosse tomado pelos comunistas, o Brasil seria blábláblá que nem a China; tal aspecto que nem a Mongólia; tal outro que nem Cuba... Não, não tem como prever como seriam as coisas em um país tomando por base outros. O Brasil não foi tomado pelos comunistas, como os Estados Unidos também não foram, e o Brasil ficou igual a eles? Ou igual a Inglaterra, que também não foi? Ou igual a Serra Leoa, que também não? Argumento sem pé nem cabeça...

- pior, estimula perigosos ódios e preconceitos contra alguns brasileiros, quando traz dados como: o Acre contribuiu para a economia nacional em 2007 com 177 milhões em impostos, e levou do governo federal 605 milhões... Mais, ainda defende que com o que "se perde" por ano "por causa do Acre", daria para fazer em São Paulo uma das melhores malhas ferroviárias do mundo ("meu mundo é meu umbigo"!). Mais ainda, diz que os com os "outros acres" do Brasil ("Rondônia, Roraima, Amapa, Tocantins, Alagoas, ... - as reticências deixam muitas pulgas atrás da orelha: quais outros estados ele teria citado? será que só o umbigo, quer dizer São Paulo, presta???) daria para melhorar a malha ferroviária também de outras capitais... Pensa que já viu tudo? olha mais estas duas pérolas, ainda relacionadas a este assunto:
1) "Se tivéssemos vendido parte da Amazônia ou se algum país tivesse se apossado de pelo menos um pedacinho dela, seríamos hoje muito mais felizes."
2) Quando eu era criança e fazia bagunça demais em casa, minha mãe costumava brincar dizendo que, se alguém me sequestrasse, ela daria 1 milhão a mais de resgate para o bandido ficar comigo. É mais ou menos o que deveríamos ter feito com o Acre."
Não acredita que alguém escreva isso? E que seja publicado? Abre na página 216!

Tá, tirando essas (e algumas outras) falhas, o livro vale a leitura, sim. Afirmo isso porque sei como a História (ainda) vem sendo ensinada, infelizmente, com base em velhos chavões e muitas vezes acriticamente. Vale, então, ler o livro criticamente, peneirando tudo com calma (e conhecimento) e não sair acreditando automaticamente em tudo o que se lê (se vale tal princípio para a 'história tradicional', digamos assim, vale para essas tentativas de rompimento com a mesma!).

domingo, 12 de dezembro de 2010

Notícia quente!

Notícia quentinha ainda, e oficial!!!

AQUIÓ!!!

Desculpa qualquer coisa!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dica para o Natal!

O Natal está chegando, eis uma boa dica de presente para seus conhecidos/ amigos professores: clique AQUI.
Certeza de presente que vai agradar!!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Putz!!!

A vida se resume a 4 garrafas:




PUTZ, JÁ ESTOU NA TERCEIRA...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Chegou

Pronto: se os dois posts anteriores tratavam da bonança ou do silêncio, chegou a tempestade. Ou o esporro.
Não me deixo abater. Entre meus planos para o futuro estão:
- dormir
- ler
E, para daqui a um mês mais ou menos,
- viver

E é só, por ora. Não dá tempo de mais nada...

sábado, 20 de novembro de 2010

A bonança antes da tempestade (ou quando o silêncio precede o esporro) - II

Aí, se resolver seguir minha sugestão, vai dar uma banda e arejar a mente em um lugar assim:

Bonito (há até o cuidado de tirar os postes e toda aquela confusão de fios elétricos das ruas, é tudo subterrâneo),

limpo e inspirador...



Ou um lugar como esse, onde reina o sossego e parece que o tempo segue outro ritmo.


Vai ver o bem que faz para a cabeça isso...
(tá, pode salvar como pano de fundo na tua área de trabalho, não cobro direitos autorais pela imagem!)

domingo, 14 de novembro de 2010

A bonança antes da tempestade (ou quando o silêncio precede o esporro) - I

Aproxima-se a fase mais estressante do ano.
Provas, trabalhos, provas, fechamento de notas, recuperação, conselho de classe, revisoes, provas, conselhos de novo, provas de novo, reuniões de formatura, missa de formatura, formaturas, ...
Compromissos familiares (sim, há a família ainda), compras de fim de ano, contas a pagar (o que explica tudo o que está escrito acima) e por aí vai.
Fundamental tirar um tempinho para si e para a cabeça, sem o qual não há como dar conta de tudo isso.
Pega a estrada, pertinho mesmo tem muita coisa agradável para ver e muito lugar bonito para conhecer e arejar as ideias. E também salame, copa, queijo, pão colonial e geleias caseiras!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ainda os livros

Mais uma dica de livro, para comprar na Feira e ler neste feriadão:


Cães da Província, do excelente Assis Brasil.

Dá para entender o porquê de eu gostar tanto deste autor: além das razões óbvias de bem escrever, suas obras sempre trazem uma brilhante contextualização histórica, ótimas descrições de paisagens/ ambientes e costumes, compondo retratos de época bastante pormenorizados e fidedignos. Para quem gosta de História e de Literatura, prato cheio!

Além disso, suas histórias sempre revelam o Rio Grande do Sul de outros tempos, ou partes dele, como no caso de Cães da Província, ambientado na Porto Alegre do século XIX, com o Qorpo Santo, o açougueiro da Rua do Arvoredo e tudo.
Ler tudo isso depois de curtir a Feira, patrimônio imaterial de PoA e o patrimônio material, artístico e histórico de nosso centro não tem preço!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ENEM...


... ENEM isso funciona neste país...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Se o assunto é letras...


Se estamos em tempos de Feira do Livro e posts relacionados, vai aí uma dica das mais pertinentes:


Chico Buarque, de autoria de Wagner Homem. O livro reconstroi a trajetória de Chico, de uma maneira bastante interessante: contando histórias, ilustrando-as com letras e contextualizando tudo dentro do que acontecia no Brasil e no mundo. Tem-se assim um painel ilustrativo não só do processo de composição de algumas de suas melhores letras, mas também do que motivou tal processo e do que estava por trás, em muitos casos, de cada música.

Tudo isso, como foi dito, vai sendo 'contado'. A leitura flui muito rapidamente, lê-se o livro com voracidade e ainda fica aquela vontade de saber/ ler mais a respeito. Afinal, Chico dispensa comentários...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Passeio certo!


Não tem jeito: feriado e dia bonito como este, nesta época do ano, é convite certo para a Feira do Livro. Passou a ventania (vendaval?) de ontem e anteontem, hoje está tudo mais tranquilo para pegar o chimarrão, deixar o relógio em casa e se tocar para a Feira. Inúmeras boas opções de livros, com preços mais acessíveis do que no resto do ano, algumas boas barbadas nos balaios (achei coisas bem boas ontem!), gente interessante, possibilidades de boas palestras e mesas-redondas (assisti a uma ontem, sobre História e Jornalismo, com a incrível Mary Del Priori e o Laurentino Gomes - eu sentado ao lado do mestre Ruy Carlos Ostermann, atrás do Eduardo Bueno e perto do Assis Brasil e do Moacyr Scliar, tri bem acompanhado - claro, com a Patroa, imagina se cito toda essa gente e não falo nela...) e ainda o prazer de admirar o belo patrimônio artístico e histórico do centro, apesar das obras na Praça da Alfândega. Ainda assim, é a melhor dica para hoje. Tá, dá uma passada no cemitério para seguir a velha tradição neanderthal de colocar flores nos túmulos dos entes queridos primeiro. Mas depois te toca para a Praça!!!!
A programação completa da Feira está aqui.

domingo, 31 de outubro de 2010

Notícia bombástica!

Extra! Extra!
Apoio de última hora: Lula mostra em quem vai votar hoje (mas, distraído, fez o número normal, não invertido como deveria!!!!).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Beleza interior

Dias atrás postei aqui um texto sobre a velha questão da embalagem X conteúdo, que acabou passando despercebido, acho que por ter ficado pouco tempo no topo. Postei o texto em um dia e no seguinte saiu meu livro, aí não podia deixar de divulgá-lo (a propósito, ainda tenho exemplares à venda, que quiser, acesse aqui para saber como comprar).

Enfim, o link para o texto é este. Vai lá, lê e volta, que eu espero aqui.
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Enfim, reitero aqui que bom seria as pessoas darem mais importância ao conteúdo do que à embalagem.
Olha aqui um bom exemplo de beleza interior:


sábado, 23 de outubro de 2010

Baixaria

Quem estranhava uma campanha eleitoral morna como a do primeiro turno, agora deve estar mais familiarizado, com todas as farpas e acusações que grassam na campanha do segundo turno.

O problema é que, se não estou enganado, o objetivo das campanhas eleitorais não é bem esse - não deveria ser. Campanha eleitoral, ao que me lembro, serve para o candidato mostrar seus projetos, debater ideias com a sociedade, exibir seus planos políticos. Isso justificaria a cadeia nacional em rádio e televisão. Acusações, troca de insultos e todo tipo de baixarias e infâmias - é para isso que todas as emissoras de TV e rádio devem parar sua programação? É isso que o povo deve assistir para decidir seu voto?

Quanto tempo em seu programa cada um dos candidatos tem dedicado a si mesmo? Me parece que em determinados momentos, passa-se mais tempo falando do outro do que de si próprio...

Haveria uma solução muito simples para isso, se campanha eleitoral fosse levada à sério nesse país. Se o horário eleitoral é para os candidatos apresentarem seus projetos, o candidato que dedicasse em um dia 3 minutos de seu horário, por exemplo, falando do outro EM VEZ DE APRESENTAR SEUS PRÓPRIOS PROJETOS, no dia seguinte perderia 3 minutos. Os 3 minutos seriam perdidos mesmo, não iriam para o oponente, pois senão os dois iriam se beneficiar por igual e acabar tendo o mesmo tempo. Vai tirando o tempo do candidato e do partido, para ver se não param com a baixaria...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Máfia a mil

Primeiro (re)lê isso:

Depois isso:

Sim, a notícia é atual; isso ainda acontece.

Os chineses criaram o macarrão e a pólvora. Os italianos juntaram tudo e criaram a máfia!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lançamento!

Não posso deixar de fazer propaganda:

Livro de autoria deste humilde servo que lhes escreve.

A ideia surgiu há quase dois anos, quando, após criar alguns blogs pessoais, resolvi criar blogs com fins pedagógicos. Inexperiente no assunto, fui atrás de bibliografia sobre a questão e - pasmem - não encontrei NADA... Até existem livros sobre informática na educação, mas nada (pelo menos não encontrei) específico sobre blogs, seu uso e possibilidades. Artigos em revistas e jornais até encontrei, mas nada além. O resultado foi aprender na prática, aprender fazendo. Mas isso porque sou muito curioso (e gosto de me meter, tentar, experimentar). Mas sempre ficou aquela pulga atrás da orelha: quantos e quantos professores não estariam com a mesma ideia, o mesmo projeto de criar blogs, de experimentar novas didáticas em suas aulas, e, com o mesmo problema que eu (não encontrar material), tem medo de ousar?

O livro acima busca sanar essa lacuna, e de quebra, traz muito mais do que isso;

- desconstrói uma série de argumentos normalmente utilizados para não ousar nas aulas (medo do novo; ausência de computadores/ equipamentos na escola, nas famílias - argumento que derrubo com dados e estatísticas oficiais -; falta de tempo; etc.)

- propostas de trabalhos em TODAS as disciplinas dos ensinos fundamental e médio, que podem servir como pontos de partida para o trabalho com blogs em todas as áreas. Aliás, todas as propostas de trabalho, em todas as disciplinas, são interdisciplinares

- dicas/ conselhos extras

- sugestões de bons blogs para inspirar

O livro tem 108 páginas e registro nacional ISBN.


Quer saber mais?

Para comprar é o seguinte:

- Para comprar diretamente com o autor (Porto Alegre) o valor é R$ 30,00.

- Estou em negociação para colocá-lo em algumas livrarias, mas já me foi passado que o percentual que elas cobram é em torno de 30 a 50%. Assim, seu preço deverá ficar, nas livrarias, entre R$ 39,00 e R$ 45,00

- Estou estudando o funcionamento do PagSeguro, para vendas pela internet. Já fiz algumas compras por este sistema, absolutamente seguro. Estou vendo agora como funciona para utilizá-lo para vendas (no meu caso). Assim, poderá ser adquirido por este blog mesmo.


Enfim, espero que, de uma forma ou de outra, apreciem!!!

(ah, e divulguem para todos os seus amigos/ conhecidos professores, pelo bem da tão judiada Educação em nosso país!)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Embalagem X Conteúdo

A questão é antiga, sem dúvida. Fui motivado a escrever em função de um ótimo artigo de Moacyr Scliar, do caderno Donna, ainda no mês de setembro.
No texto ele cita o livro e o estudo do psicólogo norte-americano Paul Bloom, "How pleasure works: teh new science os Why we like what we like" (tipo: "Como funciona o prazer: a nova ciência de porque gostamos daquilo que gostamos").
Diz ele que Bloom deu, em programa de Lucas Mendes, dois exemplo fundamentais a respeito da questão de gosto, e principalmente de como os gostos de muitas pessoas são influenciáveis pelas aparências.
Primeiro, citou uma iniciativa do jornal Washington Post, em que o violinista Joshua Bell disfarçou-se de artista de rua e tocou por 45 minutos obras de Bach em uma estação de metrô, com seu Stradivarius de 1713, avaliado em US$ 3 milhões. Resultado: apenas 6 pessoas pararam para escutar, e a que ficou mais tempo (mesmo apressada pela mãe) foi uma criança de 3 anos. Detalhe: dias antes ele havia tocado (e lotado) no Symphony Hall de Boston, com ingressos de até US$ 1.000! Sem o traje e o teatro, porém...
Segundo, e este exemplo é clássico: dois grupos de pessoas receberam amostras de vinho barato para provar. A um dos grupos isto foi revelado, enquanto que ao outro foi dito tratar-se de um vinho famoso. Resultado: neste segundo grupo os elogios foram unânimes. O principal: os elogios não foram "só de boca": imagens de ressonância magnética mostraram que as áreas cerebrais ligadas ao prazer "se incendiavam" quando a pessoa tomava o suposto vinho 'de grife'.

Tudo isso é absoltumante simbólico a respeito do tipo de vida e de valores que são comuns hoje em dia. A pesquisa e os exemplos foram realizados nos Estados Unidos, mas teriam resultados diferentes no Brasil? Logo aqui, onde tanto se valoriza a embalagem, em detrimento do conteúdo (veja-se o caso das 'mulheres frutas')??? Quantas vezes não vamos (ou ouvimos falar de pessoas que tem esta experiência) a restaurantes caros, metidos a besta mesmo, em que a comida é bem - no máximo - mais ou menos? Quantas vezes ao se comprar uma roupa, não se paga o triplo de seu preço apenas pela etiqueta? Quanta gente não paga uma quantia absurda para fazer em um 'coiffeur' de grife (daqueles que se marca hora com meses de antecedência) o mesmo corte que se faria em qualquer salão?
O que houve com a cultura do SER?
Quando - e por quê - 'TER' se tornou mais importante do que 'SER'?
O que (em termos materiais e em termos de pessoas) muitas vezes não se joga fora ou desperdiça em função das aparências?

domingo, 10 de outubro de 2010

O gosto pela reclamação

Não tinha pensado em abordar este assunto aqui, pois já se falou tanto sobre o mesmo, em tudo que é lugar possível. Ao mesmo tempo, porém (e talvez por isso mesmo), não tem como fugir.
Refiro-me a alguns resultados das urnas. Principalmente à eleição do palhaço Tiririca por mais de 1.300.000 palhaços. Categoria grande e unida, essa; não poderia dar em outra coisa! Puro corporativismo. Tem uma propaganda de uma rede nacional de postos de combustíveis que diz que "brasileiro é apaixonado por carro". Nada disso, a paixão maior do brasileiro é reclamar! A maioria passa quatro anos reclamando dos políticos, e não vê a hora de chegar a eleição, para colocar outros motivos de reclamação no poder. Para poder passar mais quatro anos reclamando, e assim indefinidamente...
E não me venham com essa de "voto de protesto". Voto de protesto em relação a maus políticos seria eleger bons políticos. Voto no Tiririca não foi voto de protesto, foi voto burro, imbecil (mais que ele, que se deu bem!).
E, finalmente, que não se ouça mais falar no Rio Grande do Sul como "estado politizado" ou coisas do gênero. Depois da reeleição do Sérgio Moraes - sim, aquele que se lixa para a opinião pública - (e da eleição do filho, ainda por cima), acreditar nesse discurso ufanista a respeito de uma suposta consciência política gaúcha é ilusão ingênua, de quem não quer ver a realidade (e ainda se acha superior). Os palhaços do RS não usam fantasia...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sonho realizado

Sempre quis ter corpo de atleta.
Ronaldo Fenômeno me ajudou!

domingo, 3 de outubro de 2010

Boa!!!

Mas olha que interessante e oportuna manifestação para o período que vivemos:
clica AQUI (mas aí clica no "página anterior" - também conhecido como voltar, aquela seta verde para a esquerda que está lá no canto superior esquerdo de seu monitor - para voltar aqui e compartilhar sua impressão)


Apenas algumas ressalvas:
- por um lado, faltou indicar/ mostrar, nas fotos, quem é o palhaço (ficou claro para todo mundo?)
- por outro lado, o quadro com a cara do palhaço nao poderia ser substituído por um espelho???
- terceiro: se tivesse o número do palhaço nas imagens, será que ele não seria eleito?


Chê, é hoje o dia; como diz naquela propaganda de cerveja, "vote com moderação".
Na boa, enche um pouco o saco ver as pessoas reclamandootempotodo dos políticos, como se eles tivessem caído do céu (mais provavel que tenham ascendido do inferno) e nos fossem impostos à força, e não tivéssemos nada a ver com isso...
A maioria dos que estão aí e são candidatos novamente já são conhecidos, dá para ver muito bem quem presta e quem não presta. Custa analisar os atos dos candidatos? Custa se informar um pouco a respeito de quem cogitamos dar um voto? Deixemos para fazer m* na privada!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Livro para beber!

Outra dica de livro. Um pouco diferente do que tenho indicado por aqui, como se pode deduzir pelo título do post.
Trata-se de "Vinho", de Jean-François Gautier. É da boa série Encyclopaedia, da L&PM. Boa porque tem bons títulos, e a preços bem acessíveis.

Quem gosta de ler, gosta de cultura geral e também de vinhos, não pode perder. O livro traça um panorama muito interessante do vinho ao longo da história, de sua presença em milhares de anos, nas mais variadas sociedades possíveis e em meio aos mais diferentes rituais - religiosos ou não. Aliás, é surpreendente ver o quanto o vinho esteve SEMPRE ligado à religião. De sua relação com a religião grega de Dionísio e com o Baco romano, além de sua presença nos rituais cristãos, possivelmente todos sabiam. Mas até em religiões/ comunidades nórdicas ou orientais o vinho foi inserido como parte ritualística importante. O livro traça um painel de tudo isso de uma maneira muito concisa e clara, acessível a todos, ao contrário do que acontece com alguns outros do gênero, que muitas vezes possuem uma linguagem excessivamente técnica e enfadonha.
Há ainda na obra uma interessante versão da Marselhesa (atual hino francês, da época da Revolução de 1789-1799): é a "Marselhesa do Bebum", cantada por revolucionários sans-culottes:
"Avante, filhos de La Courtille [antigo bairro francês que abrigava salões e espaços onde ocorriam os mais variados tipos de festas, casamentos,...]
o dia de beber chegou
é por nós que a morcilha grelha
é para nós que foi preparada
sentimos da cozinha
assar perus e pernis
de fato seríamos bem tolos
se lhes fizéssemos cara feia
À mesa, cidadãos, esvaziem todas as garrafas
bebei, bebei, que um vinho bem puro mata a sede de vossos pulmões"
(para conhecer e comparar com a letra original do Hino francês, clique aqui)

Enfim, o livro é barato, sobra até para comprar uma garrafa da bebida de Baco para degustar com a leitura!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para não esquecer

A "festa da democracia" sempre proporciona muito pano para a manga. Como não há tempo para tratar de tudo (e o que há para ser dito renderia novos blogs, e não simples posts) lembrarei de um caso. Nada que se compare ao do Tiririca, mas também patético. Trata-se do Sérgio Moraes, deputado federal pelo PTB. Aquele que no ano passado afirmou "se lixar" para a opinião pública. Aquele que fez, nos microfones do CQC, comentários bastante preconceituosos e homofóbicos. Eis que vem, com a humildade de uma Madre Teresa de Calcutá, pedir votos no horário político. Vem pedir o apoio do público eleitor, que ele mesmo enxovalhou.
Por favor, amigos eleitores, coerência na urna, ela não é privada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As mortes

Acho que encerrei os assuntos hospitalares já, o post de agora, apesar do nome, refere-se à literatura.
A dica de hoje é A morte e a morte de Quincas Berro D'Água, de Jorge Amado.

Li no hospital (olha ele aqui de novo), já um tanto intrigado de perceber que, em mais de 3 décadas de vida, embora conhecendo várias obras do escritor baiano, nunca havia lido nenhuma. Leitura bem apropriada ao local e à situação em que me encontrava: leve e divertida. Trata-se de uma novela, que narra a morte de Joaquim Soares da Cunha, respeitável funcionário da Mesa de Rendas Estadual, e de Quincas Berro D'água, 'rei dos vaabundos', 'senador da gafieira' e 'patriarca da zona dobaixo meretrício'. Na verdade, trata-se da mesma pessoa, que no entanto teve vidas tão diferentes. O correto marido e pai de família que, aos cinquenta anos, largou a casa e a família para viver na companhia dos vagabundos, boêmios, bêbados e prostitutas, é o personagem que dá vida (ops, cuja(s) morte(s)) à esta divertida história, com seus companheiros Mestre Manuel, Quitéria do Olho Arregalado, Negro Pastinha, Cabo Martim e Pé-de-Vento. São estes que, no velório, já bêbados, carregam o morto (que sorria) nos ombros, dão-lhe cachaça e levam-no aos lugares nos quais sempre fizeram farra. Isto até a derradeira morte de Quincas, ao cair da saveiro no mar. História que se presta a filmes (há já alguns bem parecidos) e ao imaginário popular.

Coloquei a capa da edição que li, com posfácio de Affonso Romano de Sant'Anna, que conta a história real, ocorrida na Bahia, que deu origem à do Quincas. Vale também a pena ler!

sábado, 18 de setembro de 2010

Reflexões hospitalares!

Coloquei no post anterior que minha concepção de tempo mudou. Na verdade as internações serviram para me mostrar algumas coisas:
- não me acho. Tenho pavor (e mantenho distância) de gente que se acha o centro do mundo. Ainda assim, aprendi que não sou mais do que um grão de areia (nunca pensei ser mais do que isso mesmo) em meio a esse mundo caótico. Aprendi que o meu tempo é só o MEU tempo. Por mais que tenha pressa, a pressa será só minha. As outras pessoas, o mundo, tem seu próprio tempo. Por mais que tenha dor e aperte a campainha (luz) do quarto do hospital, o auxílio não virá na hora que eu quiser/ precisar. Se for troca de turno ou hora de os atendentes passarem nos quartos para medir os sinais vitais dos pacientes todos, eu que aguarde. E a dor também.
- a vida é feita de instantes, e tudo é relativo. Ainda este ano fiz meu primeiro check-up (35 anos), com todos exames possíveis, e deu TUDO absolutamente bem, tive minha saúde elogiada pelo médico. Nunca, nestas três décadas e meia, tive qualquer problema de saúde maior do que alguma gripe ou as doenças infantis. Minha presença em hospitais se resumia a visitar parentes. E eis que...
- pós-hospital, e ainda referente ao tempo: tenho aos poucos aceitado que o dia só tem (e sempre terá) 24 horas. Este sim é o aprendizado mais difícil, para alguém tão atarefado. Mas necessário. É preciso aprender a conviver com isso. Das 24 horas, tirando-se umas 5 ou 6 para o sono, 2 para as refeições todas, 1 para os banhos, e uns 40 minutos para os deslocamentos, o que sobra é trabalho. Fora ou em casa. Se der tempo de fazer tudo o que preciso, beleza. Se não der, que fique para outro dia. Não posso deixar de fazer qualquer das coisas citadas acima. Ah, e vez ou outra vou ter de tirar ou achar um tempinho para mim, ou o corpo vai novamente me forçar a isso...
- há coisas (e não são poucas) que, embora não entendamos - ou não concordemos - , precisamos aceitar. Se o médico prescrever que é necessário ter de passar por 50 horas de jejum, paciência. Se, dias depois, tiver de passar por mais 62 horas de jejum total (nem água), paciência também. Se sair do hospital com 8 quilos a menos e tiver de enfrentar os olhares entre assustados e apiedados dos conhecidos, mais paciência e coragem. Com o tempo as pessoas acostumam (ou volto a engordar).
- na verdade um dos grandes aprendizados foi exatamente este: o exercício da paciência, coisa que sempre me faltou. E o conhecimento do corpo, dos limites e das mais variadas dores (e da capacidade de suportá-las).


Enfim, há tempos não se via um post tão melancólico e filosófico como este.
Aspectos positivos desta experiência: pude ler bastante nos momentos sem dor (coisa que já não conseguia fazer em casa, pelo excesso de trabalho) e, principalmente, me senti importante e querido com todas as manifestações de carinho, visitas, ligações e mensagens que recebi. Faz muito bem esse sentimento de vez em quando...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Notícia

Já estou bem. Muita coisa aconteceu depois desta postagem aí debaixo: infecção, nova (e prolongada) hospitalização, todos tipos de dores possíveis; sem dúvida, o momento mais difícil da minha vida.
Tudo bem agora, MUITA² coisa para escrever, mas pouco tempo.
Mas devagar tudo vai se ajeitando; até minha concepção de tempo mudou (em seguida explico melhor)...

domingo, 29 de agosto de 2010

Obrigado!

Não posso, por enquanto, colocar aqui mais nada senão meus sinceros agradecimentos a todos que me enviaram mensagens de melhoras e oferecimento de ajuda neste momento sequelado por que estou passando.
Para quem não sabe, fui acometido, na madrugada de 3ª para 4ª passada de violentas dores abdominais que me levaram ao HPS. No dia seguinte, após muita medicação na veia, as dores voltaram, mas mais para o lado. Voltei ao HPS, onde foi diagnosticada apendicite, mas não foi possível operar no próprio HPS (todos tem visto a situação da saúde pública, não?). Fui então ao Ernesto Dorneles (estava com a emergência lotada, e só me deixaram entrar por causa do diagnóstico e dos exames que levei), onde a tal cirurgia foi feita.
Tive alta ontem, sábado, mas está tudo muito dolorido...

Enfim, sinceramente, MUITO OBRIGADO mesmo!!!!!!
Em breve conseguirei postar coisas mais interessantes por aqui!

domingo, 22 de agosto de 2010

Rio III - Final

Tá, último post do Rio. Ainda há muitos lugares interessantes para comentar, mas o mundo gira, e é maior do que a Cidade Maravilhosa!

Clica nas fotos para vê-las como merecem!

Para encher os olhos (e o estômago, desde que se esteja com dinheiro), é imperdível uma visita à Confeitaria Colombo, no centro. Retrata bem a opulência da cidade na virada do século XIX para o XX (foi construída em 1894!). Tem doces (salgados também, mas sabe como é formiga gorda...) inacreditáveis e inexplicáveis. Tem também espelhos de cristal belga e uma decoração dessas:
Falando em termos históricos, é intessante também visitar a igreja do Mosteiro de São Bento, erguida entre 1663 e 1691! Constitui-se em um dos principais exemplos do barroco no Brasil. Diz que na missa das manhãs de domingo há até canto gregoriano entoado pelos monges do local. (a foto está ruim pela proibição do uso de flash no seu interior).

Em termos artísticos, há a Escadaria Selaron, no Bairro Santa Teresa (ao lado da Lapa). Selaron, se bem me lembro, é um artista chileno que vive no Rio há muitos anos, e começou a decorar o local com os mais diferentes azulejos, até que tal ofício foi se tornando conhecido e ele passou a receber os mais diferentes azulejos, dos mais variados países do mundo. Assim, vai sempre aumentando a coleção/ exposição.


Só foi uma pena mesmo não ter podido ao Museu Imperial, em Petrópolis, pois o dinheiro chegou ao fim. Mas fica aí um bom pretexto para voltar!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rio II

Tá, já saí daqui sabendo que iria ao básico do Rio (sugar breath, corcovado, ...). Afora isso, o primeiro e imediato lugar que de cara botei na cabeça que IRIA, custasse o que custasse, era o Palácio do Catete, sede do Governo Federal até a inauguração de Brasília, 1960. O objetivo era um só: entrar, conhecer, ver e viajar no local que abrigou os últimos suspiros de Vargas; ver seu quarto, cama, pijama, revólver, projétil, sala de reuniões, etc. Já conhecia tudo isso de fotos, mas precisava ver ao vivo. Explico: desde a primeira vez que ouvi falar do suicídio de Vargas que tal assunto me inquietou. E foi lá pelo final da infância. E me inquietou mais ainda o fato de o suicídio nunca me haver sido satisfatoriamente explicado. Nem pelos adultos em geral aos quais perguntei, na época, nem por professores. Tal pergunta, que teimava em ficar sem resposta para mim acabou por mexer de uma tal forma comigo, que, fissurado em História como sempre fui, comecei a ler por conta tudo o que encontrava a respeito do presidente. Suicídio em geral sempre é um tema que rende muitas análises, psicológicas, etc. O suicídio de um presidente, em pleno exercício do poder, então, me marcou muito. (a propósito, esta questão da pergunta não respondida ter me instigado tanto é para mim até hoje motivo de conflito profissional. Sempre que algum aluno me faz uma pergunta de História eu, feliz pelo interesse do aluno, desato a falar um monte, e depois me culpo por não ter deixado espaço para a inquietação...).

Enfim, fui crescendo, estudando e lendo muito a respeito do assunto. Veio a graduação e o TCC sobre Vargas; veio a pós-graduação e a monografia sobre Vargas. Veio o ano de 2004, cinquentenário da morte do presidente, e uma avalanche de materiais sobre ele, que fui lendo e me fascinando ainda mais. Virou um objetivo para mim, visitar o Palácio do Catete, o salão que abrigou a última reunião de Vargas com seus ministros, assessores, conselheiros, poucas horas antes do desfecho que marcou a história do país (e a minha, que nem nascido era!), as escadarias ornadas, a sala de jogos e o quarto, ainda com a mobília que presenciou o ato do presidente. O pijama com o furo na altura do coração, o revólver com cabo de madrepérola, a bala retirada do corpo...
Enfim, não conseguirei explicar o que se passou na minha mente ao entrar nesses lugares. Por tudo que li, pela riqueza de detalhes dos acontecimentos, que acho que domino, me passaram todas as imagens na cabeça, como se as tivesse vivido e apenas relembrasse. Os demais presentes provavelmente não entenderam meu êxtase no local, mas viram, pelos pelos (o que faz a nova ortografia, ao eliminar o acento da palavra...) dos meus braços, os arrepios que percorriam meu corpo ao adentrar alguns recintos do suntuoso palácio...
Experiência única, indescritível e sem preço.
Aconselho muito a visita, mas aconselho ler, estudar e conhecer um pouco das histórias que se passaram lá dentro.

(as fotos estão escuras porque só é permitido no interior do Palácio o uso de câmeras sem flash)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Rio I


Explico o que quis dizer com "(ah, essa mesma hora, na semana passada - em seguida explico por aqui!!!)" naquela postagem.
É que em julho fiz uma excelente viagem, a um lugar que ainda não conhecia, o Rio de Janeiro. Grande presente que ganhei de minha mãe.
Lugar que, confesso, não estava nos meus planos imediatos, com minhas escassas economias. Mas que vale MUITO a pena conhecer, recomendo. Tanto que pretendo voltar mais vezes, com meu dinheiro mesmo.
Além de conhecer lugares absurdamente bonitos, e outros com valor histórico inestimável para mim (em seguida postarei mais coisas aqui a respeito), aquela frase "ah, essa mesma hora, na semana passada" referia-se a um outro contexto. Consegui ficar por 5 (aham, cinco!) dias sem tocar nem pensar em nada de serviço. Recorde absoluto! Mais: pude, em pleno final de julho (inverno brabo no hemisfério sul), vestir uma bermuda, umas chinelas e tomar vários chopes em quisques na beira da praia de Copacabana, à noite... E ainda assistindo partidas de futebol de areia dos 'nativos' (aliás, ê povo que sabe viver, aquele!!!)!!! Tem coisas que não tem preço mesmo.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Miscelânea

Mais uma dica de blog. Fazer o que, se faço boas descobertas? Guardar para mim que não vou, não sou egoísta!
O que indico hoje é o tutti frutti (http://miscelaneadaisa.blogspot.com/), um blog muito bonito esteticamente e com ótimos posts, que vão de introspecções com pitadas filosóficas até a arte.
Enfim, comparece lá e confere.
E já adiciona aos teus favoritos, para não esquecer de acessar, a moça tem muito a dizer!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Imagens que valem por mil palavras...

Falta de tempo para escrever (ah, essa mesma hora, na semana passada - em seguida explico por aqui!!!)...Aliás, falta tempo para tudo; estou que nem o Capitão Gancho: não posso nem coçar o saco.
Eis que reedito um clichê aqui, das palavras que valem por mil imagens (ou o contrário!).
Vejamos então a semana em imagens!


1. Putz, será que só eu sou ocupado???? Explico - a cena abaixo é de um "dominó humano", formado por 769 pessoas na Alemanha, entrando para o livro dos recordes...


2. Neve na Alemanha e corrida de trenós:

3. Neve no Rio Grande do Sul (é, a neve ainda tem que virar uma coisa mais corriqueira por aqui, para ter mais graça...)


4. Putz, isso explica tudo!!!!!





5. Ê LÁ EM CASA...

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(pra quem não viu - ou achou que viria outra imagem -, isso é a apresentação das novas cédulas de real)

sábado, 31 de julho de 2010

A parede no escuro

Fazia tempo que não indicava um livro por aqui, pois andei lendo coisas muito técnicas, específicas da minha área, como se pode ver pela lista de livros 2010, à direita.

Volto, porém, em grande estilo. Não por mim, mas pelo que vou indicar, claro!

A dica de hoje é A parede no escuro, de Altair Martins. O livro conta a história do atropelamento do padeiro Adorno pelo professor Emanuel, acidente (crime) sem testemunhas, já que ocorreu em uma madrugada de intenso temporal e sob um poste de luz cuja lâmpada estava queimada. A partir daí se desenrola a história, e vão sendo inseridos os demais personagens.
Méritos para a(s) linguagem(ns) e principalmente para as figuras e recursos de linguagem utilizados pelo autor. Enquanto a maioria dos mortais comuns (mesmo os metidos a escritor), ao descrever a água fervendo em uma chaleira, por exemplo, escreveria "no fogão, a água fervia dentro da chaleira", ou coisa parecida, Altair descreve a cena como: "De dentro da chaleira a água encontra seus meios de escapar".

Agora, o peculiar e interessante mesmo da obra é a existência não de um, mas vários narradores. Cada um vai colocando suas falas, pensamentos e pontos de vista, não havendo apresentação ou transição de um personagem-narrador a outro, a não ser uma linha em branco. Sendo a construção dos personagens (Emanuel com seu TOC, por exemplo) tão perfeita que sabemos direitinho quem está narrando a história a cada momento (quem não leu o livro deve ter achado estranho este "sendo" que coloquei, mas foi proposital, para incomodar e estimular o leitor do blog a ler o livro!).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Olha o estrago!

Volta o tempo das armações na Fórmula 1 - será por isso que chamam de "Circo da Fórmula 1"? -, se é que um dia elas deixaram de existir.
Quem já tinha visto o Rubinho abrir para deixar o Schumacher ganhar e tinha se indignado, deve ter sentido a mesma coisa neste domingo, quando a vítima da equipe foi o Massa. Ouço daqui e dali que "bem capaz que eu faria o que ele fez, deixar o outro ganhar" ou "se fosse para deixar ele passar, eu teria pisado no freio e deixado todos os outros passarem"... Fácil falar, quando só se está assistindo. Agora, pelos milhões que o Massa (da família do Makarrão?) ganha, sei não...
O fato é que, com tudo isso, dá vontade de assistir F1? Eu já nunca fui fã, pois acho que é um esporte que não depende só do atleta ser bom, tem que ter um carro bom, aí as equipes e os corredores já saem em desigualdade... Na boa mesmo, desde a morte do Senna que nem perco minhas manhãs de domingo vendo o tal circo (quem é o palhaço?). Putz, entreguei um pouco da idade - ainda bem que não falei no Fangio!
Na boa, se é para perder uma corrida, que seja por um motivo sério como esse do vídeo!



Ps.: estou viajando esta hora, mas aparece aqui no sábado, que entrará post!

domingo, 25 de julho de 2010

Mais um

Mais um blog que sai desta mente inquieta. Mas antes de sair clicando por aí em tudo o que vê, sem critério algum, algumas poucas palavras sobre ele. É um blog de educação; a ideia é discutir assuntos referentes à esta temática de fundamental importância em nossos dias, e para qualquer sociedade. Pretende-se, assim, a constante presença de professores (coloco a indicação do blog aqui porque sei que tem alguns leitores deste que são do ramo), acadêmicos, supervisores, pedagogos e interessados em geral. Enfim, interessados, leiam e participem!

http://educcomblogs.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que não inventam...

É cada uma que inventam... A novidade agora é o lançamento de uma nova edição do antigo jogo de tabuleiro Banco Imobiliário (derivado do Monopoly, criado em 1935).

Até aí tudo bem, não fossem as inovações do mesmo.
A nova edição do jogo traz anunciantes reais. Itaú, Nívea, Fiat, Ipiranga, Mastercard, Visa e Tam estão presentes no jogo. E as cédulas de brinquedo foram substituídas por dinheiro eletrônico. Isso mesmo, as transações no jogo são operadas por cartão!

Pô, legal, no meu tempo não era assim...

É, mas não esqueçamos que, embora muitos adultos gostem do jogo, ele é destinado para faixas etárias a partir da infância. Posso até estar parecendo careta, pois o mundo mudou, e o jogo está refletindo tais mudanças, côsetal, mas o fato é que tais mudanças podem fazer com que o jogo, que pode até ser usado para noções de educação financeira, passe a ter o perverso efeito de estimular o consumismo desenfreado. Crianças e pré-adolescentes (que já são consumidores em potencial) podem muito bem ser (ainda mais)'deseducados' em tal assunto.

Em tempos de importante estabilidade econômica (a comparar com os tempos de minha adolescência, por exemplo), em que canas de televisão veiculam com grande frequência programas e matérias ensinando famílias a controlarem e gerenciarem seus gastos de maneira responsável, tal estímulo ao consumismo nas novas gerações pode ser perigoso.

Ah, os dados: a Estrela recebeu do conjunto de empresas R$ 3.000.000,00 pela edição e espera vender em torno de 120.000 unidades do jogo, que custará R$ 120,00.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Vadiagem atemporal

Não, o título não se refere à minha atual situação, de 'pseudoférias'. Apesar de estar de férias em um de meus empregos, estou tentando colocar as coisas em dia para os (poucos) dias em que desfrutarei de tal condição nos dois...

Mas o título do post refere-se a uma notícia publicada no Correio do Povo, há 100 anos atrás (sim, pouco antes de eu nascer). Um morador das imediações da Av. Treze de Maio (atual Av. Getúlio Vargas), no Menino Deus já escrevia o jornal, em julho de 1910, as seguintes linhas (a imagem ao lado não é da época, mas um pouco posterior, por volta da década de 40):

"Peço, rogo-vos um energico apello a policia contra o rapazio vadio, malfazejo, damninho, que, impunemente, vaga pelas ruas fazendo das suas, nomeadamente pela rua 13 de Maio e suas adjacencias.
É impossível ter-se calçadas, paredes, portas e muros em asseio: em tudo elles escrevem, e - o que é mais grave - obcenas palavras, em letras garrafaes!".

Como se vé, este problema, que já comentei aqui, é bem antigo, bem como este rapazio vadio, malfazejo e daninho...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pués que venga el frío!

Se é para esfriar, que esfrie, então, de verdade!

Que me perdoem os nordestinos, mas temperatura com dois dígitos não é frio. Já começo até a achar que temperaturas positivas não merecem o nome de "frio"...Bom mesmo é aqule frio de renguear cusco, de tomar um mate quente e trincar a chapa!!

Claro, digo isto porque tenho um lar e estou aqui quentinho, diriam alguns. Gente, depois desta refrescada que deu no tempo hoje (temperatura de 6° quando levantei, às 06:00), nem preciso dizer o quanto é importante - NECESSÁRIO - abrir o coração e o guarda-roupa, pensar no pessoal que não tem muito o que vestir. Vai lá que tem coisa SIM que tu não usa; passa adiante. Vai que eu espero.
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Já? Eu também já fiz isso, e acho que vou mandar mais algumas roupas ainda.
Nem todo mundo gosta de inverno (como pode???), mas o fato é que temperaturas mais baixas dão muito mais disposição e energia. Coisa horrível trabalhar (ou mesmo ficar parado) com temperaturas acima de 30 graus, já se sai do banho tendo de tomar outro, de tanto suor... Não dá vontade de fazer quase nada (a menos que se tenha piscina em casa!).Agora, no inverno é tudo diferente: a disposição e o ânimo são outros, as pessoas ficam muito mais bonitas, produzidas, charmosas. Há uma infinidade de meios para se aquecer: chocolate quente, quentão, chimarrão, pinhão, pipoca, amendoim torrado, FONDUE (bah, cheguei a babar agora), um bom vinho, uma lareira, sopão, feijoada, e o melhor: contato com a pessoa amada ou mesmo com pessoas queridas - o bom e velho calor humano! Mais: muito aconchego, sessões de filme, edredom no sofá e o que mais a criatividade permitir (ou o bolso!)
Enfim, dá uma olhada na previsão do tempo aqui em PoA, para esta quarta e esta quinta-feira, e te regozija!
Aham, até circulei: mínima de zero grau em ambos os dias, e qual será a sensação térmica??
Que venha, então, o frio!

domingo, 11 de julho de 2010

Boa!

Muito boa essa!
No Brasil faz "sucesso" a vulgaridade das mulheres frutas: morango, melancia, melão e sei lá eu mais o quê - ao que me parece, a Carmem Miranda deveria ser a mais completa, pois carregava todas na cabeça! Mas nas passarelas internacionais, todos sabem, ainda prevalece a figura da "mulher cabide": esquelética, corpinho de anoréxica, sem atrativo algum - tem cachorro que olha aquela pilha de ossos babando...
Pois uma agência de publicidade pegou o X (sem trocadilhos) desta questão e arrasou em originalidade e atitude em uma campanha de moda encomendada por empresários japoneses.
Criticando tal padrão ósseo que ainda predomina nas passarelas, a agência alemã Butter criou um calendário em que cada mês é ilustrado com o raio X de uma modelo em pose sensual. Eis abaixo, em primeira mão, a foto do mês de junho - para alegria dos cachorros e estilistas de plantão!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Muita injustiça

Não queria comentar este assunto por aqui, mas é só o que dá, em todos os meios. Não tem mesmo como deixar passar batido.
Não sei bem quais seriam as palavras certas para definir a atitude do goleiro-matador Bruno... Sucessão de bobagens: 1) traição à esposa; 2) sem camisinha; 3) tentar convencer a mulher ao aborto; 4) encomendar o assassinato; ...
O imbecil ainda se preocupa, após tudo isso, em ser goleiro da Copa de 2014!!! E o Macarrão (ó o apelido do elemento...) ainda desmaia ao ver o uniforme do presidiário - tadinho!
Pelo jeito, o máximo que o goleiro-matador (nova categoria de goleiro, até agora só conhecia centroavante matador) vai conseguir é uma vaga no time do Bangu - provavelmente Bangu II...
Ah, se fosse possível comprar cérebros...
Definitivamente, o mundo não é um lugar justo: Deus dá dinheiro para uns e cérebro para outros (ou, como já diria minha vó - que não conheci - Deus dá rapadura para quem não tem dente!!!)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vaquinha!

Pessoal, estou aceitando doações. Escrevam para o meu mail que lhes mando o número da conta bancária. Também estou pensando em vender algumas rifas, mas ainda não sei de quê.
Tudo por conta disso:
O governo da Itália está cogitando a ideia de vender algumas ilhas e parte de seu patrimônio composto por prédios públicos e palácios, em função da crise que se abate sobre o país, cuja dívida pública já atinge a cifra de R$ 3,1 trilhões. Calma, não vou pedir tudo isso a vocês. Apenas uns 40 milhões já servem. Este é o preço, por exemplo, estimado para a venda da ilha de Caprera, ao norte de Sardenha. A ilha é considerada, pela beleza de suas frequentadoras, uma das mais sexy do mundo! O palácio Real de Palermo, por exemplo, já pode ser seu por apenas 200 milhões de pilas (ele tem 900 anos de idade - e de história!)
Segundo o jornal britânico Daily Mail, a ideia de vender estes pontos turísticos partiu do Partido Separatista Liga Norte, que lidera a centro-direita do Parlamento italiano.
Enfim, para mais informações e detalhes; ou mesmo para escolher sua compra, acesse aqui (a lista ainda não está pronta, mas já há algumas opções interessantes).
O importante é não esquecer duas coisas:
1) A ilha aquela é minha, escolhe outro lugar e
2) Não esquece da vaquinha, ajudaí!!!

sábado, 3 de julho de 2010

Não deu...

Guardem suas vuvuzelas, o Brasil está fora.

Na boa, na guerra entre o Dunga e a arrogante imprensa do centro do país, até estava torcendo pelo anão. Queria mesmo que a seleça ganhasse (mesmo com jogadores que eu não teria convocado), só para calar a boca de todos os imbecis comentaristas de plantão que generalizam o Dunga, dizendo que todos os gaúchos são iguais, ou falando em arrogância e teimosia gaúchas...
Fazer o quê, não deu... Mas é hora também de algumas estrelas da bola descerem do salto alto.

Putz, e o que é pior: agora vamos ter de trabalhar até o fim do expediente na terça-feira!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ausência!

A explicação está aqui.

A nova postagem ainda não!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Que mundo é esse?

Bah, NÃO dá para perder este texto do Juremir Machado da Silva. Saiu no Correio do Povo do dia 20, esta semana mesmo. É de pensar sobre estes tempos em que vivemos. E muito. E de tentar segurar as lágrimas...

Mãos ao alto, professora

As palavras mudam de sentido. Muda uma letra, ou duas, e muda tudo. Craque virou crack. Vida de professor transformou-se em atividade de alto risco. Uma professora foi assaltada, em Porto Alegre, dentro da sala de aula, por um adolescente armado com um revólver enferrujado, calibre 32. O guri era ex-aluno da escola. Houve um tempo, perdido nas brumas do passado, em que professores e salas de aula eram sagrados. Levava-se maçã para a professora. Muitas vezes, a professorinha era o primeiro amor, idealizado, impossível, platônico, de um menino. A sala de aula era o lugar da autonomia do mestre, um templo, um palco, a esfera maior do conhecimento. Acabou.

As balas de hoje destinadas aos professores são de revólver. A situação é tão melancólica, para bem e para mal, que o assaltante não tinha munição. Roubou R$ 10,00 da professora. Essa quantia diz muito, diz tudo, grita como o sintoma de uma doença grave, um mal que está aí, bem aí, mas vai sendo empurrado com a barriga. Talvez a professora assaltada seja uma pessoa sensata, aos 58 anos de idade, e não vá para a escola com muito dinheiro na bolsa. Ou quem sabe, escolada, como todos nós, carregue apenas o dinheiro do transporte e o dinheiro do ladrão. Mais provável é que uma professora, na metade do mês, não tenha mais do que R$ 10,00 para carregar no bolso. Esse é o estado das coisas, o estado ao qual chegamos, o caos.

E os governos, que ainda não fizeram a parte deles, não garantiram sequer a integridade dos professores, desandam a falar em meritocracia, transferindo para os professores, que ganham pouco e são agora assaltados dentro das salas de aula, a responsabilidade pela falência do sistema. Ao defender a tal meritocracia, os tecnocratas e os políticos, falsamente racionalistas, estão dizendo que se algo vai mal é por culpa da preguiça ou da incompetência dos professores. Essa é uma das maiores infâmias destes dias melancólicos em que, paradoxalmente, fala-se em sociedade da informação, mas se faz do saber uma categoria de quinta classe. Escolinha como objeto de desejo de pais e alunos, só de futebol. Nelas, talvez o mestre ainda seja respeitado e receba doces. Nem que seja por medo de se perder lugar no time.

Eu ainda sonho com um Brasil voltado para a escola como espaço sagrado. Isso só acontecerá a partir do momento em que se considerar o ensino como primordial e os salários forem melhorados a ponto de alterar a vida cotidiana e cultural dos mestres. Um professor precisa ganhar o suficiente para comprar livros todo mês, ir ao cinema, ao teatro, a shows, a bons restaurantes, viajar e sempre ampliar horizontes. Quem não valoriza, não pode cobrar desempenho. Mesmo assim, como se diz popularmente, os professores desempenham, "na moral". Sonho com o dia em que será impossível um ex-aluno ou um aluno apontar uma arma para uma professora. Por respeito, por veneração, por amor. Ou, cinicamente, sonho com o dia em que, ao menos, a professora terá R$ 50,00 na sua bolsa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ah, o futebol!

Ah, o futebol, esporte tão apaixonante! Por tudo que o envolve: as discussões (quando não passa disso, claro, sem violência); as rivalidades sadias; as frases feitas ("futebol é uma caixinha de surpresa", "quem manda é o homem de preto", etc.); a burrice de muitos jogadores, que nos deixa prostitutos da vida, de ver que alguns imbecis ganham caminhões de dinheiro, enquanto nós, que temos cérebro e trabalhamos duro...; a imprevisibilidade (ao contrário de novelas, por exemplo); entre tantas outras coisas...
Neste clima de Copa, não tem como evitar tal assunto.
Aí vão duas pérolas do cancion..., opa, do jogador popular!

Olha o absurdo: não dá nem pra chamar ISSO de zagueiro, é béque mesmo, e olhe lá (o goleiro tinha feito o mais difícil!)!



E chê, como já diria a minha avó (que eu não conheci): "não conte com o ovo no * da galinha!"

domingo, 20 de junho de 2010

Caderno inacabado

E Saramago se foi... Por incrível que pareça. A idade já era avançada, é verdade, mas não tinha como se perceber. A não ser, talvez, pela defesa teimosa do comunismo. Mas suas análises da política e da economia europeias ainda andavam bem lúcidas, consistentes. Cheguei a colocar aqui links para algumas delas, como esta.
Aliás, desde longa data (em termos deste blog) que mantinha um link para o blog do escritor lusitano, na coluna da direita, como ainda pode se ver. Os textos de outrora foram cedendo lugar a postagens cada vez menores, como se fossem entradas de twittter. Talvez a melancolia de acompanhar o pouco tempo que lhe restava - quanto menos tempo, menores os textos...
Ainda assim, deixou um livro inacabado, sobre o tráfico de armas, intitulado "Alabardas, alabardas! Espingardas, espingardas!"
Encerro aqui com palavras dele, e um link para sua última postagem em seu blog.

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Criativididade brasileira!

Na boa, se a coerência do brasileiro fosse proporcional à sua criatividade, muita coisa seria diferente nesse país...
Já no jogo de estreia do Brasil na Copa, ontem, no Ellis Park, podia ser vista a bonita faixa abaixo, que foi retirada em menos de 10 minutos.

Mas não é a isso que me refiro ainda. Claro que tais dizeres atiçaram a curiosidade de muita gente. Na verdade a brincadeira 'começou' na semana passada, na cerimônia de abertura da Copa. Milhares de pessoas twitaram ao mesmo tempo a expressão CALA BOCA GALVÃO, fazendo com que muitos estrangeiros perguntassem o significado da mesma.
Aí é que quero chegar. Várias versões e respostas diferentes foram espalhadas. Entre as mais irônicas está a de que se tratava de um novo single de Lady Gaga - que rendeu até vídeos no YouTube. Mas a que mais se difundiu foi a de que se tratava de uma campanha para salvar uma ave brasileira em extinção! A ave teria o nome de Glavão, e a expressão "cala boca" equivaleria ao "save" em inglês!!! Mais, cada mensagem de "CALA BOCA GALVÃO" renderia a quantia de 10 centavos ao Instituto Galvão!!!! O vídeo já teve mais de meio milhão de exibições!

Tem alguns vídeos desses já, coloco um aqui para linká-los aos outros. Legal é ler os comentários em inglês, alguns 'descobrindo' que aquilo não é a Lady Gaga!!!!

Claro que os estrangeiros resolveram colaborar com a ideia, e jornais como El País e até o New York Times tiveram de explicar a brincadeira!!!

Tá, dá para pensar que, quando for uma coisa séria, não vão acreditar, mas que foi um banho de criatividade e diversão, isso não tem como negar...

E por quê coloquei que falta coerência?
Pô, não tenho como contar quanta gente fala mal da mala do galvão, mas, ao que sei, a globo continua liderando a audiência nas transmissões de jogos (mesmo quando passa o mesmo jogo em outros)... Pô, vamos mudar o canal aí!!!!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Impressionante!

Chê, IMPRESSIONANTE a criatividade e a cara de pau do pessoal do CQC... E impressionante que ainda exista gente que não vê o programa...
Sem preço ontem o absurdo do sem-noção o quadro da Argentina.
Para quem não viu, foi o seguinte: O Oscar Magrini foi assistir ao jogo Argentina X Nigéria em um bar de Buenos Aires, com a camiseta da seleção argentina como todos os demais presentes. O detalhe é que ele possuía, devidamente oculto, um controle remoto, e a cada vez que um ataque daquela seleção estava para ser concluído, ele desligava a TV sem ninguém perceber, claro! O desespero dos hermanos (absolutamente compreensível) era algo que não tem como explicar com palavras, só vendo mesmo!!! Tinha até alguns acusando o dono do bar de ser nigeriano!!!!
Repete sábado à noite, desmarca todos os compromissos e assiste!

domingo, 13 de junho de 2010

Twits!

Nova seção. Equivalente a pílulas de sabedoria, mesmo que inútil.
Já recebi alguns pedidos para fazer um twitter, mas não conseguiria. Tenho uma dificuldade absurda de síntese. Meus pensamentos não cabem em 140 caracteres. Só para explicar a nova seção, que inauguro agora, já usei 281...
Vão por aqui mesmo as frases interessantes que coletar (quando for o caso, como hoje, coloco a autoria) ou que cunhar (se for capaz!!!).
Aí vai a primeira, para os fãs de vinho, de filosofia e de conhecimentos gerais. Para pensar, de preferência bebendo vinho!

"Há mais filosofia dentro de uma garrafa de vinho do que em todos os livros". (Louis Pasteur)