É cada uma que inventam... A novidade agora é o lançamento de uma nova edição do antigo jogo de tabuleiro Banco Imobiliário (derivado do Monopoly, criado em 1935).
Até aí tudo bem, não fossem as inovações do mesmo.
A nova edição do jogo traz anunciantes reais. Itaú, Nívea, Fiat, Ipiranga, Mastercard, Visa e Tam estão presentes no jogo. E as cédulas de brinquedo foram substituídas por dinheiro eletrônico. Isso mesmo, as transações no jogo são operadas por cartão!
Pô, legal, no meu tempo não era assim...
É, mas não esqueçamos que, embora muitos adultos gostem do jogo, ele é destinado para faixas etárias a partir da infância. Posso até estar parecendo careta, pois o mundo mudou, e o jogo está refletindo tais mudanças, côsetal, mas o fato é que tais mudanças podem fazer com que o jogo, que pode até ser usado para noções de educação financeira, passe a ter o perverso efeito de estimular o consumismo desenfreado. Crianças e pré-adolescentes (que já são consumidores em potencial) podem muito bem ser (ainda mais)'deseducados' em tal assunto.
Em tempos de importante estabilidade econômica (a comparar com os tempos de minha adolescência, por exemplo), em que canas de televisão veiculam com grande frequência programas e matérias ensinando famílias a controlarem e gerenciarem seus gastos de maneira responsável, tal estímulo ao consumismo nas novas gerações pode ser perigoso.
Ah, os dados: a Estrela recebeu do conjunto de empresas R$ 3.000.000,00 pela edição e espera vender em torno de 120.000 unidades do jogo, que custará R$ 120,00.
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