segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Galeano

Não costumo fazer isso por aqui, mas citando a fonte não tem problema. O texto é realmente MUITO bom, e coloco aqui porque diz muito do que penso também. Foi escrito pelo uruguaio Eduardo Galeano (mesmo - como vem se atribuindo a muito autor coisa que eles nunca escreveram, me dei ao trabalho de checar, e é dele mesmo), e me foi enviado pela Professora Thaís. Há também aqui, em uma língua estranha, meio português/ meio espanhol...
Quem ler com atenção entenderá que não é um texto de nostalgia, mas de crítica pura e simples. É Galeano!
Aí vai!

CAÍ NO MUNDO E NÃO SEI COMO VOLTAR
Eduardo Galeano

O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…

Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.

E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!

Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.

Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.

O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades..

Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.

Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida!

É mais! Se compravam para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça.

E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.

Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar..

Nada se arruma.. O obsoleto é de fábrica.

Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?

Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.
Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.
Quem tem menos de 30 aos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava..

Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".

Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo!!! Mas... por amor de Deus!

Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.


E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.


Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.


Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?

Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres.. E guardávamos...


Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.


Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette – até partidas ao meio – se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.

E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.


Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.

Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne!!! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".


As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.


Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem ‘matá-los’ tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!


E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: ‘Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora’, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.


E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!

Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objectos com pessoas.

Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.

Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.

Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.


Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à ‘bruxa’, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a ‘bruxa’ me ganhe a mão e seja eu o entregue...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ah, também quero!

Eu temabém queria trabalhar 4 anos e receber (uma baita) aposentadoria o resto da vida... ou então trabalhar só 10 dias...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mitologia Grega

Pelo que se vê, finalmente a História está cada vez mais caindo no gosto popular. É o que se pode verificar pelo grande número de revistas do gênero que já existem (Nossa História, Aventuras na História, História Viva, Revista de História da Biblioteca Nacional, Discutindo História e tantas outras), pelos programas que cada vez mais frequentemente enfocam assuntos ligados à ela (edições do Globo Repórter, SBT Repórter, etc.), documentários de História exibidos no National Geographic e no Discovery Channel, além de já existir um canal específico, o History Channel. Isso tudo sem falar nos filmes com temáticas históricas que já existem e que são sistematicamente realizados (centenas de exemplos...), bem como nas séries de livros (até juvenis, o que é muito bom, para já ir estimulando o gosto!) e televisivas (Band of Brothers, Roma, ...).
Assim sendo, não poderia ficar para trás, deixando de colocar dicas neste sentido aqui. Já há uma dica aí ao lado, o link para meu blog de História, o História em suas mãos, que no momento está em ritmo de férias: um post aqui outro acolá...
A dica de livro de hoje é também nesta área, de um livro que li na faculdade (sim, faz tempo, mas já se escrevia assim, e não mais 'phaculdade'!!) e encontrei a versão de bolso na Feira do Livro, que acabei pagando mirrados 8 pilas! Acabei de relê-lo ontem:

Mitologia Grega, de uma referência em estudos de Antiguidade, o já falecido Pierre Grimal (quando li pela primeira vez o livro, ele ainda era vivo, morreu em 1996 - depois de Cristo).
Além de apresentar a teogonia grega (e inclusive pré-helênica), com os titãs e titânidas, apresenta o ciclo dos deuses olímpicos e os ciclos heroicos, tudo com a devida genealogia, pois é muito fácil se perder em meio a dezenas e mais dezenas de nomes de deuses, titãs, semideuses, etc. Agora, mais do que isso, Grimal analisa o que é um mito, o que é a mitologia, as lendas, os mitos perante a vida e o mundo moderno e como compreender este imaginário todo, em seu contexto.
Para quem já se interessa pelo assunto e para quem quer dar os primeiros passos, é um bom começo!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tá dada a dica!

Sei não, mas acho que o tal irmão do Jonas é o A$$i$...

Canal agora no Olímpico é só contratar jogador filho único!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A mil!!!!


Acabei de ler agora um livro que é obrigatório para quem viveu o rock brasil dos anos 80: 50 anos a mil, do Lobão.

O cara tem história para contar, e muita. O livro tem em torno de 600 páginas e algumas partes entremeadas por reportagens sobre o grande lobo (seções "Lobão na Mídia"), compiladas por Claudio Tognolli.

No livro estão histórias desde a infância até os 51 anos de vida do autor/ personagem, em 2008. E é diversão o tempo inteiro: os 'causos' da infância e da adolescência, as mudanças de endereço/ escola/ turmas e as aventuras/ vivências decorrentes disso são no mínimo curiosas. As primeiras experiencias musicais, os métodos de aprendizado, o lar conturbado, o envolvimento com drogas, as prisões, etc, tudo narrado com muita serenidade e tranquilidade, como alguém que já superou tudo isso, e está acima de tais coisas...

Agora, eu dizia que é obrigatório para quem viveu a formação de um novo tipo de rock no Brasil, no final dos 70 e principalmente nos 80, pelas lembranças dos personagens e dos acontecimentos da época, de alguém que VIVEU o momento. Perpassam o livro personagens como Cazuza, Marina, Ritchie, Lulu Santos, a formação da Blitz, Gang 90, Elza Soares, Mangueira, Titãs, o racha com Herbert Viana, etc. Levei uma semana para ler o livro (pela extensão e pelas indisposições decorrentes da gripe), mas, como se vê, estive muito bem acompanhado!!!!!
Finalmente, traz ainda detalhes sobre as "brigas" com as gravadoras, a exploração promovida por elas, etc.
Ou seja, em outras palavras, o livro é garantia de polêmicas, aventuras, diversão e, no mínimo, um pouco da história musical do Brasil.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Só eu que não conhecia?

Gripe de verão é soda... Dois dias de dores de cabeça, no corpo e princípio de febre. Nem ânimo para ler ou para parar em frente a um monitor. Mas agora vai, vou melhorando já!


A dica de hoje, ainda continuando naquele espírito de férias e de Itapeva/ Torres, é o Croasonho. Conheci em Torres, e quando fui procurar uma fotinho para colocar aqui (não me lembrei de tirar no dia), descobri que é uma franquia e que tem em vários lugares. Até aqui em Porto Alegre tem e eu não sabia!!! Acho que a cidade está ficando grande...

Mas voltando ao assunto: o Croasonho oferece uma grande variedade de recheios para os excelentes croissants, como filé com requeijão e mussarela, tomates secos com rúcula e mussarela, calabresa, coração, strogonoff, etc. E a lista dos doces é imensa!!! Croissants de três tamanhos, aí dá para escolher o menor, para comer vários (ê, morto de fome), experimentando vários recheios!

Este que conheci, em Torres, foi inaugurado há pouco, em dezembro, então está tudo novinho e bonito, e em um bom ponto, bem na Av. Beira-Mar.
Enfim, para quem não vai para aqueles lados, fica a dica: dá um gúgou e procura se não tem na tua cidade ou nos arredores!
Mais informações, clica aqui!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ainda está em tempo!

Uma boa dica para a mente, o corpo e o estômago: o Chalés Pousada, em Itapeva (no nome tá o link para o lugar).

Vamos por partes.

Para quem não conhece, Itapeva é uma pequena e simpática prainha bem ao lado de Torres (6 km). Agora, simpática mesmo é esta pousada.
Pelas fotos dá para ver que uma das preocupações do lugar é o contato com a natureza (tá, pode pegar as fotos como tema para a área de trabalho do teu pc!!!). A área é grande, mas há apenas 11 chalés construídos. Aí sobra um grande espaço com um bem cuidado gramado, área com sombra para os carros e alguns visitantes como este da foto à direita.

Entre as opções de lazer, há uma quadra de vôlei (no gramado, superconvidativa), uma boa piscina, quadra de bocha, mesa oficial de snooker, mesa de carteado, ping-pong, bicicletas e área com redes e churrasqueira. Tudo isso em meio ao silêncio e à paz que a cabeça pede nas férias.
Acha que não aguentaria tanta tranquilidade? Sem problema, Torres está a uns cinco minutos dali, cheia de opções para badalação, shows, gastronomia, barzinhos, etc. Ou seja, paz e agito bem dosados!

O que mais chama a atenção no local (como se já não bastasse tudo o que já foi citado!) é a simplicidade e a singeleza dos detalhes. Quem é acostumado a muito luxo e frescuras não vai se identificar muito. O forte da pousada é a atenção que é dispensada aos hóspedes, que pode ser sentida no atendimento particularmente cordial (comum na região serrana, principalmente a parte italiana, mas não tão comum assim no litoral, onde há uma preocupação desmedida em querer tirar em 2 meses o sustento do ano, e o veranista é que acaba sendo tratado de qualquer jeito muitas vezes). Lá o bom atendimento e a simpatia são regra, da gerência aos serviços gerais. O carinho com os hóspedes pode ser medido também em "pequenos" gestos como a cesta de café da manhã que é cortesia diária da pousada (e olha que há cozinha equipada em cada chalé!), em horário à escolha do hóspede!

Enfim, coisas como estas fazem a gente se sentir bem, querido e valorizado, e querer voltar. Como foi o meu caso, que conheci a pousada no ano passado e neste ano voltei lá!
Enfim, não sou sócio da Pousada nem ganho nada com esta propaganda toda, mas se a ideia aqui é sempre a de compartilhar as boas experiências, o Chalés Pousada não poderia ficar de fora.
Te mexe que ainda dá tempo de conhecer neste verão!!!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

É ou não é para se indignar?

Os números já falariam por si. E falam.
Não há como negar os avanços dos oito anos de governo Lula, em termos econômicos, drástico recuo no desemprego, melhoria de renda generalizada, ascensão social de milhões de pessoas, etc. Todos os indicativos estão nas mais diversas mídias, e são encontradas com poucos cliques.
Por quê, então, o governo gastar tanto com publicidade? Li há pouco que nos oito anos de governo, o ex-presida gastou cerca de R$ 9,3 bilhões em publicidade. Sim, você leu certo: R$ 9.300.000.000,00 em publicidade em oito anos, o que dá mais de R$ 1,1 bilhão por ano só em propaganda. Ou seja, quase R$ 100 MILHÕES POR MÊS, mais de 3 MILHÕES POR DIA!!!
Não há nada mais para fazer com este dinheiro????
Como escrevi no início, sim, houveram vários avanços, mas o Brasil já está perfeito? Não há nada para melhorar? Saúde, educação, políticas para prevenção de desastres naturais, incentivo aos produtores rurais, sempre sujeitos ao clima, etc. Enfim, tudo isso vai bem? Nada mais precisa ser melhorado no Brasil? Se não, então é hora de baixar impostos! O impostômetro ano passado passou bastante de R$ 1 trilhão... É para isso que pagamos impostos todos os dias, em tudo que compramos? É para isso que somos mais assaltados ainda anualmente com o Leão?
Governos bons falam por si, só se gasta tanta energia, tempo e recursos tentando legitimar algo que não está tão bom assim. Lembram do setor de propaganda na ditadura militar brasileira? Na Alemanha nazista? O DIP do Vargas? E tantas outras centenas de casos...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dois Irmãos

Apesar de adorar a cidade com este nome na região metropolitana de Porto Alegre, o post de hoje não é sobre ela, mas sobre o livro do Milton Hatoum.

Acabei de lê-lo e fiquei bastante impressionado com a força dos personagens e com ótima construção da trama e dos detalhes. Além do auge e da desagregação da família de Halim/ Zana/ Yaqub/ Omar/ Rânia, Domingas/ Nael, a história também, paralelamente, é bem contextualizada e recortada em cada momento histórico correspondente, de pouco antes da Segunda Guerra Mundial até a ditadura militar. Mais do que a 'fase boa', a derrocada e os problemas da família, é possível ver também momentos de prosperidade e de decadência entre a sociedade manauara de uma forma geral.

E, vamos combinar, o enredo não é nenhuma invenção. Ao ir lendo, reconheci o que se passa em uma família bem próxima que conheço bem (praticamente cada detalhe: a superproteção ao filho do meio, o quanto ele se vale disso, etc.) e muito do que vejo em outras. Ou seja, é uma história possível, absolutamente plausível, mas contada com maestria! Leitura rápida e agradável, para uns dois dias!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Falta de caráter

Viu como foi rápida a minha ausência? Já estou de volta!

Acompanhei à distância a novela (insuportável como qualquer outra) do Ronaldinho Gaúcho (R10). Dei aleluias por ele não ter vindo para o Grêmio, por motivos que já em dezembro eu expunha/ discutia com amigos, tricolores e não-tricolores:
- inúmeros são os exemplos de times que decaem quando há uma estrela que se destaca perante os demais jogadores, isso tinha tudo para acontecer no Grêmio. Imagina o R10 jogando de vez em quando, relapso, e treinando também "naquelas" e ganhando 1 milhão e 200 mil por mês. Agora imagina o Mestre Jonas treinando todos os dias cedinho e com afinco e marcando 3 gols por partida e ganhando 200 mil... Outros jogadores também, com um esforço absurdo, dentro e fora de campo e ganhando bem menos. Tem tudo para desunir um grupo
- segundo: é fato notório que o R10 está, sempre que pode, em sua casa de shows na Cavalhada, e sempre caindo de bêbado. Foi assim agora em dezembro, quando trouxe o Belo (nossa...) e o Exaltasamba. Foi visto por lá caindo de bêbado. O Belo foi em um domingo e o Exaltasamba numa terça; dá para imaginar ele treinando nas manhãs seguintes? Se for só isso, ainda não é nada, pior é se ele levasse com ele um Jonas, Borges ou outros... E poderia variar, entre sua casa de shows e seu inferninho, o LaBarca... O que viraria o Imortal Tricolor da Azenha???

Isso tudo eu argumentava lá em dezembro com amigos, mas há mais elementos, agora em janeiro, que depõem contra o jogador no Grêmio:
- vale lembrar das palavras do Odone, lembrando que amor é esse do R10 pelo Grêmio, se nas entrevistas ele citou o "Flamengo", o "Palmeiras" e Porto Alegre (?)
- finalmente, é de se lembrar que o único amor da família Moreira é o dinheiro. Nada de time, de palavra (esta, então, não tem valor algum), de sentimento, de buscar o perdão por cagadas feitas no passado ou coisas assim. Há, na verdade, um desespero por conseguir dinheiro, foda-se o que os outros pensem. E olha que estamos falando de milionários, e não de alguém que precise...

Com tudo isso, o Grêmio ainda refaz 7 (sete) vezes o contrato, pois a cada vez que era redigido e o Assis (infame-desprezível) CONCORDAVA, horas depois anunciava que teria de ter mais uma cláusula. E lá ia o Grêmio refazer... E isto por 7 vezes, dá para acreditar????? Pior, dá para acreditar que alguém em sã consciência sente à frente de alguém como Assis???? E ainda tenha esperança de fechar bons negócios com ele??????? Só sendo muito desinformado ou tendo chegado na Terra agora, convenhamos...

Dentro de tudo isso, só se salva o Pelé mesmo, quando disse que "Se ele [Ronaldinho] ama o Grêmio, deveria jogar de graça lá." Rei é Rei, ele fez isso décadas atrás (quando futebol ainda era um SENTIMENTO).

sábado, 8 de janeiro de 2011

Auto-ajuda!

Momento auto-ajuda no Mente Inquieta!!!

Se você pensa que tem azar...
Se você às vezes acha que não começou bem o dia...
Se acha que levantou com o pé esquerdo...
Se reclama quando um carro passa na poça e te molha...

Assiste isto!!!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ausência (curta)


Estou viajando esta hora, mas é por poucos dias. Tipo: eu queria um lugar, e por uns 30 dias; meu bolso queria outro, e por bem menos dias. Como faço todas as vontades dele, em seguida estou de volta.
Claro, ninguém precisa tentar o suicídio pela minha ausência; pensando em meus milhões de leitores, preparei algumas postagens para entrarem a cada dois ou três dias. Acessa e comenta à vontade que na volta respondo!
Aquele abraço!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Livros e mais livros


Como já é tradição, mais aguardada que a lista dos indicados ao Oscar, eis a lista dos livros que li no ano passado. Os destacados em verde são os que mais recomendo:

  • Caio Fernando Abreu - Série Autores Gaúchos (vários autores)
  • Primeiras Histórias (Antologia Sintrajufe - Org. Caio Riter)
  • Educação e Informática: os computadores na escola (Fernando José de Almeida)
  • Ao sul de lugar nenhum (Bukowski)
  • Memória de minhas putas tristes (Gabriel García Márquez)
  • De Cuba, com carinho (Yoani Sánchez)
  • Os espiões (Luís Fernando Verissimo)
  • Cenas da vida na aldeia (Amós Oz)
  • Este seu olhar (Org. Regina Zilberman)
  • Ditaduras do século XX (vários autores)
  • Roma: passado e presente (Romolo Augusto Staccioli)
  • A história nos filmes/ os filmes na história (Robert A. Rosenstone)
  • A parede no escuro (Altair Martins)
  • Vinho (Jean-François Gautier)
  • A morte a morte de Quincas Berro D'Água (Jorge Amado)
  • Cães da província (Luiz Antônio de Assis Brasil)
  • Chico Buarque (Wagner Homem)
  • Guia politicamente incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch)
  • Dom Quixote de La Mancha - vol. I (Cervantes)
  • As armas secretas (Julio Cortázar)

Era isso, aproveitem. Sobre alguns deles postei comentários aqui; é só ir no marcador "Dicas de livros" que tu encontra. Boas leituras!!!