sábado, 31 de julho de 2010

A parede no escuro

Fazia tempo que não indicava um livro por aqui, pois andei lendo coisas muito técnicas, específicas da minha área, como se pode ver pela lista de livros 2010, à direita.

Volto, porém, em grande estilo. Não por mim, mas pelo que vou indicar, claro!

A dica de hoje é A parede no escuro, de Altair Martins. O livro conta a história do atropelamento do padeiro Adorno pelo professor Emanuel, acidente (crime) sem testemunhas, já que ocorreu em uma madrugada de intenso temporal e sob um poste de luz cuja lâmpada estava queimada. A partir daí se desenrola a história, e vão sendo inseridos os demais personagens.
Méritos para a(s) linguagem(ns) e principalmente para as figuras e recursos de linguagem utilizados pelo autor. Enquanto a maioria dos mortais comuns (mesmo os metidos a escritor), ao descrever a água fervendo em uma chaleira, por exemplo, escreveria "no fogão, a água fervia dentro da chaleira", ou coisa parecida, Altair descreve a cena como: "De dentro da chaleira a água encontra seus meios de escapar".

Agora, o peculiar e interessante mesmo da obra é a existência não de um, mas vários narradores. Cada um vai colocando suas falas, pensamentos e pontos de vista, não havendo apresentação ou transição de um personagem-narrador a outro, a não ser uma linha em branco. Sendo a construção dos personagens (Emanuel com seu TOC, por exemplo) tão perfeita que sabemos direitinho quem está narrando a história a cada momento (quem não leu o livro deve ter achado estranho este "sendo" que coloquei, mas foi proposital, para incomodar e estimular o leitor do blog a ler o livro!).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Olha o estrago!

Volta o tempo das armações na Fórmula 1 - será por isso que chamam de "Circo da Fórmula 1"? -, se é que um dia elas deixaram de existir.
Quem já tinha visto o Rubinho abrir para deixar o Schumacher ganhar e tinha se indignado, deve ter sentido a mesma coisa neste domingo, quando a vítima da equipe foi o Massa. Ouço daqui e dali que "bem capaz que eu faria o que ele fez, deixar o outro ganhar" ou "se fosse para deixar ele passar, eu teria pisado no freio e deixado todos os outros passarem"... Fácil falar, quando só se está assistindo. Agora, pelos milhões que o Massa (da família do Makarrão?) ganha, sei não...
O fato é que, com tudo isso, dá vontade de assistir F1? Eu já nunca fui fã, pois acho que é um esporte que não depende só do atleta ser bom, tem que ter um carro bom, aí as equipes e os corredores já saem em desigualdade... Na boa mesmo, desde a morte do Senna que nem perco minhas manhãs de domingo vendo o tal circo (quem é o palhaço?). Putz, entreguei um pouco da idade - ainda bem que não falei no Fangio!
Na boa, se é para perder uma corrida, que seja por um motivo sério como esse do vídeo!



Ps.: estou viajando esta hora, mas aparece aqui no sábado, que entrará post!

domingo, 25 de julho de 2010

Mais um

Mais um blog que sai desta mente inquieta. Mas antes de sair clicando por aí em tudo o que vê, sem critério algum, algumas poucas palavras sobre ele. É um blog de educação; a ideia é discutir assuntos referentes à esta temática de fundamental importância em nossos dias, e para qualquer sociedade. Pretende-se, assim, a constante presença de professores (coloco a indicação do blog aqui porque sei que tem alguns leitores deste que são do ramo), acadêmicos, supervisores, pedagogos e interessados em geral. Enfim, interessados, leiam e participem!

http://educcomblogs.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que não inventam...

É cada uma que inventam... A novidade agora é o lançamento de uma nova edição do antigo jogo de tabuleiro Banco Imobiliário (derivado do Monopoly, criado em 1935).

Até aí tudo bem, não fossem as inovações do mesmo.
A nova edição do jogo traz anunciantes reais. Itaú, Nívea, Fiat, Ipiranga, Mastercard, Visa e Tam estão presentes no jogo. E as cédulas de brinquedo foram substituídas por dinheiro eletrônico. Isso mesmo, as transações no jogo são operadas por cartão!

Pô, legal, no meu tempo não era assim...

É, mas não esqueçamos que, embora muitos adultos gostem do jogo, ele é destinado para faixas etárias a partir da infância. Posso até estar parecendo careta, pois o mundo mudou, e o jogo está refletindo tais mudanças, côsetal, mas o fato é que tais mudanças podem fazer com que o jogo, que pode até ser usado para noções de educação financeira, passe a ter o perverso efeito de estimular o consumismo desenfreado. Crianças e pré-adolescentes (que já são consumidores em potencial) podem muito bem ser (ainda mais)'deseducados' em tal assunto.

Em tempos de importante estabilidade econômica (a comparar com os tempos de minha adolescência, por exemplo), em que canas de televisão veiculam com grande frequência programas e matérias ensinando famílias a controlarem e gerenciarem seus gastos de maneira responsável, tal estímulo ao consumismo nas novas gerações pode ser perigoso.

Ah, os dados: a Estrela recebeu do conjunto de empresas R$ 3.000.000,00 pela edição e espera vender em torno de 120.000 unidades do jogo, que custará R$ 120,00.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Vadiagem atemporal

Não, o título não se refere à minha atual situação, de 'pseudoférias'. Apesar de estar de férias em um de meus empregos, estou tentando colocar as coisas em dia para os (poucos) dias em que desfrutarei de tal condição nos dois...

Mas o título do post refere-se a uma notícia publicada no Correio do Povo, há 100 anos atrás (sim, pouco antes de eu nascer). Um morador das imediações da Av. Treze de Maio (atual Av. Getúlio Vargas), no Menino Deus já escrevia o jornal, em julho de 1910, as seguintes linhas (a imagem ao lado não é da época, mas um pouco posterior, por volta da década de 40):

"Peço, rogo-vos um energico apello a policia contra o rapazio vadio, malfazejo, damninho, que, impunemente, vaga pelas ruas fazendo das suas, nomeadamente pela rua 13 de Maio e suas adjacencias.
É impossível ter-se calçadas, paredes, portas e muros em asseio: em tudo elles escrevem, e - o que é mais grave - obcenas palavras, em letras garrafaes!".

Como se vé, este problema, que já comentei aqui, é bem antigo, bem como este rapazio vadio, malfazejo e daninho...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pués que venga el frío!

Se é para esfriar, que esfrie, então, de verdade!

Que me perdoem os nordestinos, mas temperatura com dois dígitos não é frio. Já começo até a achar que temperaturas positivas não merecem o nome de "frio"...Bom mesmo é aqule frio de renguear cusco, de tomar um mate quente e trincar a chapa!!

Claro, digo isto porque tenho um lar e estou aqui quentinho, diriam alguns. Gente, depois desta refrescada que deu no tempo hoje (temperatura de 6° quando levantei, às 06:00), nem preciso dizer o quanto é importante - NECESSÁRIO - abrir o coração e o guarda-roupa, pensar no pessoal que não tem muito o que vestir. Vai lá que tem coisa SIM que tu não usa; passa adiante. Vai que eu espero.
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Já? Eu também já fiz isso, e acho que vou mandar mais algumas roupas ainda.
Nem todo mundo gosta de inverno (como pode???), mas o fato é que temperaturas mais baixas dão muito mais disposição e energia. Coisa horrível trabalhar (ou mesmo ficar parado) com temperaturas acima de 30 graus, já se sai do banho tendo de tomar outro, de tanto suor... Não dá vontade de fazer quase nada (a menos que se tenha piscina em casa!).Agora, no inverno é tudo diferente: a disposição e o ânimo são outros, as pessoas ficam muito mais bonitas, produzidas, charmosas. Há uma infinidade de meios para se aquecer: chocolate quente, quentão, chimarrão, pinhão, pipoca, amendoim torrado, FONDUE (bah, cheguei a babar agora), um bom vinho, uma lareira, sopão, feijoada, e o melhor: contato com a pessoa amada ou mesmo com pessoas queridas - o bom e velho calor humano! Mais: muito aconchego, sessões de filme, edredom no sofá e o que mais a criatividade permitir (ou o bolso!)
Enfim, dá uma olhada na previsão do tempo aqui em PoA, para esta quarta e esta quinta-feira, e te regozija!
Aham, até circulei: mínima de zero grau em ambos os dias, e qual será a sensação térmica??
Que venha, então, o frio!

domingo, 11 de julho de 2010

Boa!

Muito boa essa!
No Brasil faz "sucesso" a vulgaridade das mulheres frutas: morango, melancia, melão e sei lá eu mais o quê - ao que me parece, a Carmem Miranda deveria ser a mais completa, pois carregava todas na cabeça! Mas nas passarelas internacionais, todos sabem, ainda prevalece a figura da "mulher cabide": esquelética, corpinho de anoréxica, sem atrativo algum - tem cachorro que olha aquela pilha de ossos babando...
Pois uma agência de publicidade pegou o X (sem trocadilhos) desta questão e arrasou em originalidade e atitude em uma campanha de moda encomendada por empresários japoneses.
Criticando tal padrão ósseo que ainda predomina nas passarelas, a agência alemã Butter criou um calendário em que cada mês é ilustrado com o raio X de uma modelo em pose sensual. Eis abaixo, em primeira mão, a foto do mês de junho - para alegria dos cachorros e estilistas de plantão!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Muita injustiça

Não queria comentar este assunto por aqui, mas é só o que dá, em todos os meios. Não tem mesmo como deixar passar batido.
Não sei bem quais seriam as palavras certas para definir a atitude do goleiro-matador Bruno... Sucessão de bobagens: 1) traição à esposa; 2) sem camisinha; 3) tentar convencer a mulher ao aborto; 4) encomendar o assassinato; ...
O imbecil ainda se preocupa, após tudo isso, em ser goleiro da Copa de 2014!!! E o Macarrão (ó o apelido do elemento...) ainda desmaia ao ver o uniforme do presidiário - tadinho!
Pelo jeito, o máximo que o goleiro-matador (nova categoria de goleiro, até agora só conhecia centroavante matador) vai conseguir é uma vaga no time do Bangu - provavelmente Bangu II...
Ah, se fosse possível comprar cérebros...
Definitivamente, o mundo não é um lugar justo: Deus dá dinheiro para uns e cérebro para outros (ou, como já diria minha vó - que não conheci - Deus dá rapadura para quem não tem dente!!!)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vaquinha!

Pessoal, estou aceitando doações. Escrevam para o meu mail que lhes mando o número da conta bancária. Também estou pensando em vender algumas rifas, mas ainda não sei de quê.
Tudo por conta disso:
O governo da Itália está cogitando a ideia de vender algumas ilhas e parte de seu patrimônio composto por prédios públicos e palácios, em função da crise que se abate sobre o país, cuja dívida pública já atinge a cifra de R$ 3,1 trilhões. Calma, não vou pedir tudo isso a vocês. Apenas uns 40 milhões já servem. Este é o preço, por exemplo, estimado para a venda da ilha de Caprera, ao norte de Sardenha. A ilha é considerada, pela beleza de suas frequentadoras, uma das mais sexy do mundo! O palácio Real de Palermo, por exemplo, já pode ser seu por apenas 200 milhões de pilas (ele tem 900 anos de idade - e de história!)
Segundo o jornal britânico Daily Mail, a ideia de vender estes pontos turísticos partiu do Partido Separatista Liga Norte, que lidera a centro-direita do Parlamento italiano.
Enfim, para mais informações e detalhes; ou mesmo para escolher sua compra, acesse aqui (a lista ainda não está pronta, mas já há algumas opções interessantes).
O importante é não esquecer duas coisas:
1) A ilha aquela é minha, escolhe outro lugar e
2) Não esquece da vaquinha, ajudaí!!!

sábado, 3 de julho de 2010

Não deu...

Guardem suas vuvuzelas, o Brasil está fora.

Na boa, na guerra entre o Dunga e a arrogante imprensa do centro do país, até estava torcendo pelo anão. Queria mesmo que a seleça ganhasse (mesmo com jogadores que eu não teria convocado), só para calar a boca de todos os imbecis comentaristas de plantão que generalizam o Dunga, dizendo que todos os gaúchos são iguais, ou falando em arrogância e teimosia gaúchas...
Fazer o quê, não deu... Mas é hora também de algumas estrelas da bola descerem do salto alto.

Putz, e o que é pior: agora vamos ter de trabalhar até o fim do expediente na terça-feira!