quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Decadência

Que tempos tortos estes em que vivemos...
Valores são deixados de lado, a palavra não tem mais valor algum, costumes e obrigações profissionais são descartados, o individualismo impera mais do que nunca, a vulgaridade é mais preciosa do que a qualidade, a inteligência e o cérebro ão cada vez mais desprezados...
Se fosse abordar tudo o que vem à mente, este post não teria fim. Vamos a apenas dois exemplos, que ilustram bem o parágrafo acima:

- Há 100 anos atrás, em 1912, o Capitão do Titanic, como todo bom comandante de navio, afundava juntamente com ele, vendo a impossibilidade de salvação. O comandante de uma embarcação deve sempre ser o último a deixá-la, ou, sendo impossível isto, afundar com ela. Valores em crise? O comandante Francesco Schettino, do navio italiano que naufragou dias atrás, foi dos primeiros a abandoná-lo, deixando mais de 2000 passageiros à sua própria sorte...

- Estamos lembrando os 30 anos da morte deuma das maiores (senão a maior) cantoras brasileiras, Elis Regina. Tempos de boa música, com sentimento e alma, boas letras e qualidade. Mas abre-se um espaço mínimo para a data e a cantora na mídia, pois o resto do tempo é da 'Telómania'. Não dá para a acreditar no que estão fazendo: é a tal música 'assim você me mata' (até não precisa matar, mas pelo menos podia calar...) em propagandas, programas de variedades, versão em inglês na 'sua revista eletrônica semanal' e até mesmo em noticiários e programas esportivos (?) Pelamordedeus, aí quando reclamo da TV me chamam de ranzinza e mal humorado, mas tá difícil...

Frente a tudo isso, é impossível não ser ao menos um pouco nostálgico. E olha que só citei dois exemplos.

Dentro disso, um brindezinho aos leitores, para entender a que me refiro quando falo em qualidade. Peguei de propósito este vídeo, em que a interpretação foi na 'sua revista eletrônica semanal'.
Aumenta o volume e curte!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Pior que sexta-feira 13...

Amigos, preparem-se para ver uma imagem forte. Quem acha que não tem condições de aguentar que nem prossiga, vá fazer outra coisa.
A imagem é chocante mesmo, por isso veio parar aqui hoje, sexta-feira treze.
Enfim, aí vai, não digam que não avisei...




Segundo o r7, o acidente acima ocorreu no Japão em dezembro passado, e envolv eu 8 (OITO) Ferraris, 1 Lamborghini e 2 Mercedes. Ainda bem que na foto não aparece tudo isso, só o que mostra já dá uma dor...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Tudo invertido...

E me criei (sou de 1974) ouvindo falar na seca no nordeste, e imaginando o horror que deveria ser...
 (quem é de fora do RS, procura na rede informações/ notícias aqui do Rio Grande do Sul para entender do que estou falando)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Intimidades ao longo do tempo

"Quando o Brasil era a Terra de Santa Cruz, as mulheres tinham de se enfear e os homens precisavam dormir de lado, nunca de costa, porque a 'concentração de calor na região lombar' excitava os órgãos sexuais. e nos momentos a dois - geralmente no meio do mato, e não em casa, porque chave era artigo de luxo e não era possível fechar as portas aos olhares e ouvidos curiosos -, as mulheres levantavam as saias e os homens abaiavam as calças e ceroulas. Tirar a roupa era proibido. E beijar na boca? Bem... sem pasta e escova de dentes, difícil.
Mas como o proibido aguça a vontade, a instituição que mais repreendia os afoitos, ironicamente, acabou se tornando o templo da perdição. onde mais as pessoas podiam se encontrar, trocar risos e galanteios e até ter relações sexuais, sem despertar suspeitas, se não no escurinho... das igrejas?!"


Isto é um trecho da contracapa do livro Histórias íntimas - sexualidade e erotismo na história do Brasil, de Mary del Priore. Para ler e curtir em algumas horas, imperdível mesmo! Para quem gosta de história, para quem curte mitos e crendices de tempos antigos e aquelas histórias e costumes do tempo da nossa avó!
Mas o livro vai além: começa no Brasil colonial e vai até os dias atuais, abordando pedofilia, Michael Jackson, Bruna Surfistinha e as mulheres frutas, com senso crítico apurado e ironia na medida certa. Escrito com maestria pela historiadora, que já abordou temas do cotidiano em dezenas de obras. Linguagem muito fácil e acessível a qualquer pessoa, sem ranços e academicismos típicos em outros livros de História, que acabam muitas vezes por afugentar curiosos e pessoas predispostas a ingressarem no fascinante mundo desta disciplina. Ponto para a autora e para a História!
Enfim, vai atrás do livro!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lista!

Como já é de costume, a indicação dos livros do ano (passado). Ainda mais que já descobri que os leitores que aguardam esta lista e que vão atrás de algumas das minhas indicações já não cabem mais nos dedos de uma mão!
Então vamos lá; segue a lista completa das minhas leituras em 2011; os destacados em verde são os que mais recomendo, os que mais gostei de ter lido.

·         Dois irmãos (Milton Hatoum)
·         50 anos a mil (Lobão)
·         Mitologia grega (Pierre Grimal)
·         O seminarista (Rubem Fonseca)
·         A mão e a luva (Machado de Assis)
·         História regional da infâmia: o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras (ou como se produzem os imaginários) (Juremir Machado da Silva)
·         Neonazismo, negacionismo e extremismo político (Luis Milman e Paulo Fagundes Vizentini)
·         Israel X Palestina: as raízes do ódio (Jurandir Soares)
·         1930: águas da revolução (Juremir Machado da Silva)
·         A industrialização brasileira (Francisco Iglésias)
·         Ensino Médio: docência, identidade e autoria (Vários – Fundação Julinho)
·         A metamorfose (Kafka)
·         O queijo e os vermes (Carlo Ginzburg)
·         Ensino de História: desafios contemporâneos (Vera Barroso e outros – ANPUH)
·         O golpe de 64 e a ditadura militar (Júlio José Chiavenato)
·         Palestinos em busca da pátria (Mustafa Yazbek)
·         Vida política no século 19 (Helga Piccolo)
·         A massagista japonesa (Moacyr Scliar)
·         Vozes da legalidade: política e imaginário na era do rádio (Juremir Machado da Silva)
·         Um doce aroma de morte (Guillermo Arriaga)
·         Dom Quixote – vol. II (Cervantes)

 Como se vê, acertei na pmaior parte das minhas escolhas, boa sorte aos leitores também!