quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ausência!

A explicação está aqui.

A nova postagem ainda não!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Que mundo é esse?

Bah, NÃO dá para perder este texto do Juremir Machado da Silva. Saiu no Correio do Povo do dia 20, esta semana mesmo. É de pensar sobre estes tempos em que vivemos. E muito. E de tentar segurar as lágrimas...

Mãos ao alto, professora

As palavras mudam de sentido. Muda uma letra, ou duas, e muda tudo. Craque virou crack. Vida de professor transformou-se em atividade de alto risco. Uma professora foi assaltada, em Porto Alegre, dentro da sala de aula, por um adolescente armado com um revólver enferrujado, calibre 32. O guri era ex-aluno da escola. Houve um tempo, perdido nas brumas do passado, em que professores e salas de aula eram sagrados. Levava-se maçã para a professora. Muitas vezes, a professorinha era o primeiro amor, idealizado, impossível, platônico, de um menino. A sala de aula era o lugar da autonomia do mestre, um templo, um palco, a esfera maior do conhecimento. Acabou.

As balas de hoje destinadas aos professores são de revólver. A situação é tão melancólica, para bem e para mal, que o assaltante não tinha munição. Roubou R$ 10,00 da professora. Essa quantia diz muito, diz tudo, grita como o sintoma de uma doença grave, um mal que está aí, bem aí, mas vai sendo empurrado com a barriga. Talvez a professora assaltada seja uma pessoa sensata, aos 58 anos de idade, e não vá para a escola com muito dinheiro na bolsa. Ou quem sabe, escolada, como todos nós, carregue apenas o dinheiro do transporte e o dinheiro do ladrão. Mais provável é que uma professora, na metade do mês, não tenha mais do que R$ 10,00 para carregar no bolso. Esse é o estado das coisas, o estado ao qual chegamos, o caos.

E os governos, que ainda não fizeram a parte deles, não garantiram sequer a integridade dos professores, desandam a falar em meritocracia, transferindo para os professores, que ganham pouco e são agora assaltados dentro das salas de aula, a responsabilidade pela falência do sistema. Ao defender a tal meritocracia, os tecnocratas e os políticos, falsamente racionalistas, estão dizendo que se algo vai mal é por culpa da preguiça ou da incompetência dos professores. Essa é uma das maiores infâmias destes dias melancólicos em que, paradoxalmente, fala-se em sociedade da informação, mas se faz do saber uma categoria de quinta classe. Escolinha como objeto de desejo de pais e alunos, só de futebol. Nelas, talvez o mestre ainda seja respeitado e receba doces. Nem que seja por medo de se perder lugar no time.

Eu ainda sonho com um Brasil voltado para a escola como espaço sagrado. Isso só acontecerá a partir do momento em que se considerar o ensino como primordial e os salários forem melhorados a ponto de alterar a vida cotidiana e cultural dos mestres. Um professor precisa ganhar o suficiente para comprar livros todo mês, ir ao cinema, ao teatro, a shows, a bons restaurantes, viajar e sempre ampliar horizontes. Quem não valoriza, não pode cobrar desempenho. Mesmo assim, como se diz popularmente, os professores desempenham, "na moral". Sonho com o dia em que será impossível um ex-aluno ou um aluno apontar uma arma para uma professora. Por respeito, por veneração, por amor. Ou, cinicamente, sonho com o dia em que, ao menos, a professora terá R$ 50,00 na sua bolsa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ah, o futebol!

Ah, o futebol, esporte tão apaixonante! Por tudo que o envolve: as discussões (quando não passa disso, claro, sem violência); as rivalidades sadias; as frases feitas ("futebol é uma caixinha de surpresa", "quem manda é o homem de preto", etc.); a burrice de muitos jogadores, que nos deixa prostitutos da vida, de ver que alguns imbecis ganham caminhões de dinheiro, enquanto nós, que temos cérebro e trabalhamos duro...; a imprevisibilidade (ao contrário de novelas, por exemplo); entre tantas outras coisas...
Neste clima de Copa, não tem como evitar tal assunto.
Aí vão duas pérolas do cancion..., opa, do jogador popular!

Olha o absurdo: não dá nem pra chamar ISSO de zagueiro, é béque mesmo, e olhe lá (o goleiro tinha feito o mais difícil!)!



E chê, como já diria a minha avó (que eu não conheci): "não conte com o ovo no * da galinha!"

domingo, 20 de junho de 2010

Caderno inacabado

E Saramago se foi... Por incrível que pareça. A idade já era avançada, é verdade, mas não tinha como se perceber. A não ser, talvez, pela defesa teimosa do comunismo. Mas suas análises da política e da economia europeias ainda andavam bem lúcidas, consistentes. Cheguei a colocar aqui links para algumas delas, como esta.
Aliás, desde longa data (em termos deste blog) que mantinha um link para o blog do escritor lusitano, na coluna da direita, como ainda pode se ver. Os textos de outrora foram cedendo lugar a postagens cada vez menores, como se fossem entradas de twittter. Talvez a melancolia de acompanhar o pouco tempo que lhe restava - quanto menos tempo, menores os textos...
Ainda assim, deixou um livro inacabado, sobre o tráfico de armas, intitulado "Alabardas, alabardas! Espingardas, espingardas!"
Encerro aqui com palavras dele, e um link para sua última postagem em seu blog.

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Criativididade brasileira!

Na boa, se a coerência do brasileiro fosse proporcional à sua criatividade, muita coisa seria diferente nesse país...
Já no jogo de estreia do Brasil na Copa, ontem, no Ellis Park, podia ser vista a bonita faixa abaixo, que foi retirada em menos de 10 minutos.

Mas não é a isso que me refiro ainda. Claro que tais dizeres atiçaram a curiosidade de muita gente. Na verdade a brincadeira 'começou' na semana passada, na cerimônia de abertura da Copa. Milhares de pessoas twitaram ao mesmo tempo a expressão CALA BOCA GALVÃO, fazendo com que muitos estrangeiros perguntassem o significado da mesma.
Aí é que quero chegar. Várias versões e respostas diferentes foram espalhadas. Entre as mais irônicas está a de que se tratava de um novo single de Lady Gaga - que rendeu até vídeos no YouTube. Mas a que mais se difundiu foi a de que se tratava de uma campanha para salvar uma ave brasileira em extinção! A ave teria o nome de Glavão, e a expressão "cala boca" equivaleria ao "save" em inglês!!! Mais, cada mensagem de "CALA BOCA GALVÃO" renderia a quantia de 10 centavos ao Instituto Galvão!!!! O vídeo já teve mais de meio milhão de exibições!

Tem alguns vídeos desses já, coloco um aqui para linká-los aos outros. Legal é ler os comentários em inglês, alguns 'descobrindo' que aquilo não é a Lady Gaga!!!!

Claro que os estrangeiros resolveram colaborar com a ideia, e jornais como El País e até o New York Times tiveram de explicar a brincadeira!!!

Tá, dá para pensar que, quando for uma coisa séria, não vão acreditar, mas que foi um banho de criatividade e diversão, isso não tem como negar...

E por quê coloquei que falta coerência?
Pô, não tenho como contar quanta gente fala mal da mala do galvão, mas, ao que sei, a globo continua liderando a audiência nas transmissões de jogos (mesmo quando passa o mesmo jogo em outros)... Pô, vamos mudar o canal aí!!!!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Impressionante!

Chê, IMPRESSIONANTE a criatividade e a cara de pau do pessoal do CQC... E impressionante que ainda exista gente que não vê o programa...
Sem preço ontem o absurdo do sem-noção o quadro da Argentina.
Para quem não viu, foi o seguinte: O Oscar Magrini foi assistir ao jogo Argentina X Nigéria em um bar de Buenos Aires, com a camiseta da seleção argentina como todos os demais presentes. O detalhe é que ele possuía, devidamente oculto, um controle remoto, e a cada vez que um ataque daquela seleção estava para ser concluído, ele desligava a TV sem ninguém perceber, claro! O desespero dos hermanos (absolutamente compreensível) era algo que não tem como explicar com palavras, só vendo mesmo!!! Tinha até alguns acusando o dono do bar de ser nigeriano!!!!
Repete sábado à noite, desmarca todos os compromissos e assiste!

domingo, 13 de junho de 2010

Twits!

Nova seção. Equivalente a pílulas de sabedoria, mesmo que inútil.
Já recebi alguns pedidos para fazer um twitter, mas não conseguiria. Tenho uma dificuldade absurda de síntese. Meus pensamentos não cabem em 140 caracteres. Só para explicar a nova seção, que inauguro agora, já usei 281...
Vão por aqui mesmo as frases interessantes que coletar (quando for o caso, como hoje, coloco a autoria) ou que cunhar (se for capaz!!!).
Aí vai a primeira, para os fãs de vinho, de filosofia e de conhecimentos gerais. Para pensar, de preferência bebendo vinho!

"Há mais filosofia dentro de uma garrafa de vinho do que em todos os livros". (Louis Pasteur)

sábado, 12 de junho de 2010

Ajuda para quem não é tão criativo assim!

Para quem ainda não sabe o que escrever no cartão das flores da namorada, neste dia especial, aí vai uma dica. Capricha na caligrafia e manda lá:

Ontem eu não tomei café
de tanto pensar em você
Ontem eu não almocei
de tanto pensar em você
Ontem eu não lanchei
de tanto pensar em você
Ontem eu não jantei
de tanto pensar em você
Ontem eu não dormi
porque tava com fome!


Não precisa agradecer, faço em consideração aos amigos leitores!!!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Era só o que faltava!

Estou há horas para comentar isso, mas a falta de tempo me impediu antes. Aproveitando agora uns minutinhos e o clima de copa do mundo, vamos lá.
Cúmulo do absurdo essa ideia do nosso gurula de dar prêmios em dinheiro e pensão aos atletas (ou suas famílias) campeões do mundo em 1958, 1962 e 1970. O argumento é de que muitos deles estão em dificuldades financeiras, pois na época os jogadores não ganhavam os rios de dinheiro que ganham hoje. Isso até é verdade, mas:
- é culpa do governo (ou minha ou sua , que pagaremos por isso, se a ideia vingar)?
- os que não ganharam as outras copas, não merecem?
- pior, somente jogadores de futebol merecem isso? E todos os outros atletas, dos outros esportes????

Coisa completamente sem pé nem cabeça, tentando aproveitar a comoção nacional gerada pela copa e pela paixão do brasileiro por futebol. Mas que não tem pé nem cabeça, não tem...
Aliás, e todas as outras profissões, infinitamente mais importantes para a sociedade, e que ganham mundos a menos?????

Quando se pensa que nada mais de pior pode acontecer, eis que o nosso gurula inventa...

domingo, 6 de junho de 2010

Clima de Copa!

Me segurei o máximo que pude, para não cair no óbvio de postar coisas referentes ao mundo da bola aqui, em época de copa do mundo, mas não dá mais... Tenho alguns vídeos muito legais aqui, para ficarem só comigo, tenho que compartilhá-los. Pelo menos não terá nada aqui que passe na televisão, serão apenas grandes momentos (ou hilários!!!).
Vai aí uma palhinha!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Caindo os butiás!!!!

Post para cair todinhos os butiás do bolso! Revelações comprometedoras!!!!
Primeira: costumo comprar a zero hora de domingo. Explicação: preciso dos classificados, e essa parte (óbvio) eles não disponibilizam on-line.
Segunda: leio o caderno Donna, indiscutivelmente a melhor parte. Isso sim, é mais fácil de entender: tem o Moacyr Scliar, o Veríssimo, as dicas de educação (não-escolar) da Celia Ribeiro, que permitem sonhar com pessoas mais educadas, e, vez ou outra, tem alguém interessante na entrevista. A ordem que leio o caderno é essa.
Terceira, esta sim, bombástica: li este domingo a coluna da martha medeiros. Putz, agora sim... O título e a manchete em destaque me chamaram mesmo a atenção. São eles (respectivamente): "A elegância do conteúdo" e "Pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro". Fala a verdade, lendo isso, não dá vontade de espiar o texto???
Foi o que fiz, e me surpreendi ao encontrar uma mensagem interessante aonde só costuma sair egocentrismo e futilidades.
A coluna destaca a relação inversamente proporcional que vem acontecendo no Brasil, entre crescimento econômico e decréscimo cultural. Lembra do crescimento do poder aquisitivo, da elevação do número de pessoas nas classes médias, e outros bons indicadores econômicos, mas adverte que isso não está se refletindo em melhoras no nível cultural. Ainda que mais gente esteja 'ganhando mais', essa renda a mais não está sendo revertida em cultura ou conhecimento. O brasileiro continua lendo pouco, e ocorre algo ainda pior: embora o acesso a obras, textos e conhecimentos dos maiores sábios e escritores da humanidade seja hoje praticamente ilimitado, lê-se e sabe-se infinitamente menos sobre eles nos dias atuais do que em outros tempos, onde se tinha uma série de limitações a tais materiais...
Neste sentido, leiam pelo menos estes dois trechos da coluna:
"Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vinculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio."
"De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda."

É digno realmente de se pensar...
E de pretender mudar!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Precisa comentar?


A imagem, como se vê pela data, não é nova, é do ano passado; já a recebi por mail várias vezes. Várias foram também as vezes em que pensei em colocá-la aqui, mas sempre surgiam outras coisas interessantes e, ao mesmo tempo, achava que o assunto era muito particular, muito específico de uma profissão.
Tenho mudado meu ponto de vista, pois a questão é social e Educacional (no sentido mais amplo da educação, que extrapola a instituição escola); é uma questão de valores, mentalidades desses loucos tempos que vivemos.
Questão de transferir responsabilidades aos outros, de negar a própria falha na criação dos filhos, o que acaba resultando na criação de monstros. Esses que ouvimos falar nos noticiários, que matam, cometem atrocidades, chacinas, destroem famílias inteiras com seu envolvimento com drogas, etc. etc. etc. Muitas vezes por desconhecerem a palavra NÃO. Quando a ouvem pela primeira vez, já adultos ou adolescentes, não sabendo lidar com ela, descontrolam-se e cometem absurdos. Os mesmos que jamais tiveram qualquer cobrança em casa em relação aos estudos, à vida escolar e social, aos conhecimentos, à cultura, etc. É sempre mais fácil colocar a culpa em alguém... Se é alguém já estigmatizado pela mídia e pela sociedade, então...
Enfim, já escrevi mais do que queria (como acontece quase sempre), cada um que analise a imagem (fala por si) e tire suas próprias conclusões (e COMPARTILHE-AS aqui!!!!)