Parabéns, J.C.!!!!!
Simples assim, como deve ser o Natal. Papai Noel?
Cultura, atualidades, alimento para a mente, os olhos e o espírito (ah, e a pança também!).
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
30 anos esta noite
Na verdade, nesta madrugada. Há exatos 30 anos, em 11 de dezembro de 1983 o Rio Grande do Sul tinha um Campeão Mundial. A terra, segundo a Placar, ficava azul.
Tempos de futebol bonito, de futebol jogado, de camiseta. Para se ter uma ideia, a premiação, acertada já em Porto Alegre, era de 5.000 dólares para cada jogador. Hoje a maioria dos jogadores (falo em times de ponta) não levanta da cama por 5 mil dólares...
Vi, já aos nove anos, meu time ser campeão do mundo. Meu pai, que torcia para outro, não teve a mesma sorte: viveu 58 anos e não viu nada.
A seguir, os gols daquela emocionante partida, com prorrogação e tudo.
E aqui os responsáveis:
Tempos de futebol bonito, de futebol jogado, de camiseta. Para se ter uma ideia, a premiação, acertada já em Porto Alegre, era de 5.000 dólares para cada jogador. Hoje a maioria dos jogadores (falo em times de ponta) não levanta da cama por 5 mil dólares...
Vi, já aos nove anos, meu time ser campeão do mundo. Meu pai, que torcia para outro, não teve a mesma sorte: viveu 58 anos e não viu nada.
A seguir, os gols daquela emocionante partida, com prorrogação e tudo.
E aqui os responsáveis:
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sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Singeleza
Mas aí, o cidadão lendo um Mario Quintana, bem tranquilo, e se depara com esta obra de singeleza, de seu segundo livro, lá de 1946 (Canções):
Primor de sutileza para descrever o acordar de uma criança. Isto quando o mundo mergulhava na guerra fria e tinha acabado de ver todo o horror dos campos de concentração e das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Isto 40 anos depois do nascimento do poeta, quando faltavam ainda 20 para ele virar imortal da Academia Brasileira de Letras. Mais outros 20 anos e ele seria Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, no já distante 1986 (demorou...). Ele que, ao receber, em 1967 o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, ainda cunhou esta:
"Antes, ser poeta era um agravante. Depois, passou a ser uma atenuante. Vejo agora que ser poeta é uma credencial."
Mas bah! Só resta lamentar o fato de tal lacuna ainda não ter sido preenchida em nossa poesia, passados 29 anos da morte de Quintana...
Canção de junto ao berço
Não te movas, dorme, dorme
O teu soninho tranquilo
Não te movas (diz-lhe a Noite)
Que inda está cantando um grilo...
Abre os teus olhinhos de ouro
(O Dia lhe diz baixinho)
É tempo de levantares
Que já canta um passarinho...
Sozinho, que pode um grilo
Quando já tudo é revoada?
E o Dia rouba o menino
no manto da madrugada...
Primor de sutileza para descrever o acordar de uma criança. Isto quando o mundo mergulhava na guerra fria e tinha acabado de ver todo o horror dos campos de concentração e das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Isto 40 anos depois do nascimento do poeta, quando faltavam ainda 20 para ele virar imortal da Academia Brasileira de Letras. Mais outros 20 anos e ele seria Patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, no já distante 1986 (demorou...). Ele que, ao receber, em 1967 o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, ainda cunhou esta:
"Antes, ser poeta era um agravante. Depois, passou a ser uma atenuante. Vejo agora que ser poeta é uma credencial."
Mas bah! Só resta lamentar o fato de tal lacuna ainda não ter sido preenchida em nossa poesia, passados 29 anos da morte de Quintana...
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domingo, 7 de julho de 2013
Tristeza
Tristeza é pouco. Faltam palavras para descrever o sentimento pelo incêndio no Mercado Público de Porto Alegre, na noite de ontem.
Tristeza e pesar por vários motivos, como os humanitários por exemplo: pensando nas centenas (milhares) de famílias que tem seu sustento ali, como proprietários de estabelecimentos ou como funcionários.
Tristeza e melancolia também ao lembrar de incontáveis ótimos momentos vividos por ali, desde os tempos de faculdade, estagiário e bolsista da Fapergs no Arquivo Público, com muitos cafés e reuniões com colegas e professores orientadores no Mercado. Mais tarde, trabalhando no CIEE, sempre levava erva do amargo dali. Como as muitas cuias, bombas, alpargatas, chazinhos e demais guloseimas. E, ultimamente, freguês dos açougues e dos chocolates, granulados e demais itens utilizados pela minha senhora no preparo de seus doces. O lugar não trabalha apenas com produtos, mas com nostalgia...
Dor também pelo patrimônio histórico, há poucos anos reformado (há muito custo) e que já resistiu a outros incêndios e até a uma enchente (1941), nestes seus 144 anos de história (e memória) pura.
Há muito o que ser apurado sobre negligência, responsabilidades, condições etc. Mas que se comece também a apurar dinheiro para sua reconstrução, o quanto antes. Pelos lojistas, pelos funcionários, pelos frequentadores, por Porto Alegre, pelo RS. Pela História.
Triste 06/07/2013 |
Tristeza e pesar por vários motivos, como os humanitários por exemplo: pensando nas centenas (milhares) de famílias que tem seu sustento ali, como proprietários de estabelecimentos ou como funcionários.
Tristeza e melancolia também ao lembrar de incontáveis ótimos momentos vividos por ali, desde os tempos de faculdade, estagiário e bolsista da Fapergs no Arquivo Público, com muitos cafés e reuniões com colegas e professores orientadores no Mercado. Mais tarde, trabalhando no CIEE, sempre levava erva do amargo dali. Como as muitas cuias, bombas, alpargatas, chazinhos e demais guloseimas. E, ultimamente, freguês dos açougues e dos chocolates, granulados e demais itens utilizados pela minha senhora no preparo de seus doces. O lugar não trabalha apenas com produtos, mas com nostalgia...
O Mercado em 1877 |
Dor também pelo patrimônio histórico, há poucos anos reformado (há muito custo) e que já resistiu a outros incêndios e até a uma enchente (1941), nestes seus 144 anos de história (e memória) pura.
Há muito o que ser apurado sobre negligência, responsabilidades, condições etc. Mas que se comece também a apurar dinheiro para sua reconstrução, o quanto antes. Pelos lojistas, pelos funcionários, pelos frequentadores, por Porto Alegre, pelo RS. Pela História.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Ah, mas isso já faz séculos...
Estava lendo o livro "Os templários" de Barbara Frale, e encontrei esta pérola:
"A regra prevê que se um frade é levado à tentação por uma meretriz, ele não deve levar o fato aos seus confrades, nem se deixar falar sobre essas coisas com outro, para não criar precedentes e pecados mesmo em pensamento. Se enfim, o frade chegasse a participar de um escândalo público fazendo-se descobrir no interior de um bordel, perdia o seu status de Templário. Ainda no início dos anos de 1300, qualquer preceptor, durante a cerimônia de ingresso, observava essa norma muito realística em relação às debilidades humanas: impunha ao novo membro abster-se das mulheres e, caso não conseguisse, ao menos deveria cuidar para que ninguém ficasse sabendo."
Sim, estava nas regras da Ordem dos Templários a proibição de se DIVULGAR o que a Igreja considerava um escândalo sexual. Praticar, não...
Que bom que a Igreja mudou!
"A regra prevê que se um frade é levado à tentação por uma meretriz, ele não deve levar o fato aos seus confrades, nem se deixar falar sobre essas coisas com outro, para não criar precedentes e pecados mesmo em pensamento. Se enfim, o frade chegasse a participar de um escândalo público fazendo-se descobrir no interior de um bordel, perdia o seu status de Templário. Ainda no início dos anos de 1300, qualquer preceptor, durante a cerimônia de ingresso, observava essa norma muito realística em relação às debilidades humanas: impunha ao novo membro abster-se das mulheres e, caso não conseguisse, ao menos deveria cuidar para que ninguém ficasse sabendo."
Sim, estava nas regras da Ordem dos Templários a proibição de se DIVULGAR o que a Igreja considerava um escândalo sexual. Praticar, não...
Que bom que a Igreja mudou!
domingo, 2 de junho de 2013
Ordens médicas e clamor popular
É, o blog anda esquecido...
Mas isso agora é coisa do passado; agora o blog volta à ativa.
Não pude mais acalmar o clamor popular, conter a ira dos inconformados com nossa ausência. Começava-se a desenhar uma primavera dos insatisfeitos com nossa demora; o pessoal do movimento das passagens de ônibus começava a se agitar novamente, então, para evitar consequências mais drásticas, eis a Mente Inquieta de volta!
Claro, há por trás de tudo isso , também, uma preocupação da própria mente. Não dava mais para aturar dias preenchidos unicamente com trabalho, fora e mais ainda ao chegar em casa. E mais preocupações na hora das refeições, dos banhos e nas (poucas) horas de dormir. Por ordens médicas, eu deveria voltar, o quanto antes, a me dedicar a atividades que me dão prazer, que gosto. E blogar, sem dúvida, é uma delas!
Bom, na verdade não cheguei a ir a médico algum, mas se fosse, ele me diria isso...
Mas isso agora é coisa do passado; agora o blog volta à ativa.
Clamor popular pela volta do Mente Inquieta |
Multidão pedindo a volta do Mente Inquieta |
Bom, na verdade não cheguei a ir a médico algum, mas se fosse, ele me diria isso...
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Jornalismo e História: feliz união
Há algum tempo, jornalistas tem incursionado na doce trilha da História, escrevendo bons textos nesta área. O mérito inicial é do Peninha, que pouco antes do ano 2000 lançava sua trilogia do descobrimento, abrindo a esteira das comemorações dos "500 anos do Brasil" ("A viagem do descobrimento", "Náufragos, traficantes e degredados" e "Capitães do Brasil"). Na mesma trilha vieram ainda Walter Galvani ("Nau Capitânia") e o Laurentino Gomes com suas datas históricas ("1808", "1822" e, ainda a ser finalizado, "1889").
Pois agora mais um jornalista vem trilhando este caminho. Trata-se do David Coimbra, com seu "Uma história do mundo", lançado em 2012 e já com altíssimas vendagens. Felizmente, pois tem - assim como os autores citados acima - chamado atenção do público em geral para esta área fascinante que é a História, coisa que a esmagadora maioria dos HISTORIADORES não consegue. Os livros de história escritos por historiadores ainda são repletos de academicismos que distanciam o leitor comum da área. Parece que são escritos somente para historiadores mesmo. Exceção a isso é a historiadora Mary Del Priore, que tem escrito, em um ritmo alucinado, EXCELENTES livros também, acessíveis ao grande público não iniciado na área.
Bom, mas voltando ao do David Coimbra, é leitura excelente, agradável, fluída e obrigatória para quem se interessar por História, por nossas origens e em entender um pouco de como se formou nossa civilização. O livro trata de tudo isso de uma maneira absolutamente leve e bem humorada, como normalmente são os textos do jornalista. Este primeiro volume vai da pré-história ao monoteísmo, levantando uma série de interessante questões a respeito de nossa cultura e mentalidade, com crítica e ironia. Grande dica d'O Guri (meu irmão)!
Enfim, que ele se recupere logo do câncer para dar continuidade à sua obra!
Pois agora mais um jornalista vem trilhando este caminho. Trata-se do David Coimbra, com seu "Uma história do mundo", lançado em 2012 e já com altíssimas vendagens. Felizmente, pois tem - assim como os autores citados acima - chamado atenção do público em geral para esta área fascinante que é a História, coisa que a esmagadora maioria dos HISTORIADORES não consegue. Os livros de história escritos por historiadores ainda são repletos de academicismos que distanciam o leitor comum da área. Parece que são escritos somente para historiadores mesmo. Exceção a isso é a historiadora Mary Del Priore, que tem escrito, em um ritmo alucinado, EXCELENTES livros também, acessíveis ao grande público não iniciado na área.
Bom, mas voltando ao do David Coimbra, é leitura excelente, agradável, fluída e obrigatória para quem se interessar por História, por nossas origens e em entender um pouco de como se formou nossa civilização. O livro trata de tudo isso de uma maneira absolutamente leve e bem humorada, como normalmente são os textos do jornalista. Este primeiro volume vai da pré-história ao monoteísmo, levantando uma série de interessante questões a respeito de nossa cultura e mentalidade, com crítica e ironia. Grande dica d'O Guri (meu irmão)!
Enfim, que ele se recupere logo do câncer para dar continuidade à sua obra!
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quinta-feira, 4 de abril de 2013
sábado, 30 de março de 2013
História da Páscoa
O cara fica velho e, ainda por cima, pai, fica todo sentimental... Sei lá, mas achei o vídeo abaixo muito, mas MUITO tri. Já assisti várias vezes e não canso. Em um mundo tão corrompido e podre, só a pureza das crianças para dar alguma esperança. Sim, é claro que o vídeo tem um roteiro e teve uma direção adulta, mas a participação das crianças é um espetáculo a parte! Assiste e nega, se puder!!!
domingo, 3 de março de 2013
O lado escuro da lua
Me passei. Lamentável.
Dia 1 de março o disco The darkside of the moon, do Pink Floyd, completou 40 anos.
Naquele 1º de março de 1973 o Médici enquadrava a mil o que restava dos movimentos de esquerda no Brasil, os países árabes tomavam consciência do poder que o petróleo lhes conferia e meu pai e minha mãe cuidavam com muito amor do meu irmão, então com menos de dois anos. Em alguns meses, estariam 'me fazendo'!
Ou seja, não presenciei o lançamento do disco, mas já li, ouvi e assisti muita coisa daqueles loucos anos e do que bandas como o Pink (quer dizer, genericamente falando, pois não há e nunca houve outra como eles) revolucionaram a música e as cabeças.
Não lembro ao certo quando foi meu primeiro contato com a banda, mas lembro que foi com este álbum, e através de uma fita K7 (Vat, 46', lembro até hoje!). Lembro também que aquilo foi um caminho sem volta, ali passei a conhecer e a gostar de música de verdade. É algo (este disco) que não tem explicação, e que jamais sairia de uma mente sóbria, mediana ou de seu próprio tempo. É a invenção do conceito de psicodelia. Não tem como ouvir sem sentir nada ou ficando indiferente. É uma patada. Um coice na boca do estômago. É, na verdade, e na humilde opinião deste que vos tecla, o melhor disco de todos os tempos. E de longe. Merece ser ouvido sempre, mas de preferência quando se tiver tempo para apenas ouvir, sem estar fazendo outra coisa ao mesmo tempo. É uma verdadeira viagem ao outro lado...
Dia 1 de março o disco The darkside of the moon, do Pink Floyd, completou 40 anos.
Naquele 1º de março de 1973 o Médici enquadrava a mil o que restava dos movimentos de esquerda no Brasil, os países árabes tomavam consciência do poder que o petróleo lhes conferia e meu pai e minha mãe cuidavam com muito amor do meu irmão, então com menos de dois anos. Em alguns meses, estariam 'me fazendo'!
Ou seja, não presenciei o lançamento do disco, mas já li, ouvi e assisti muita coisa daqueles loucos anos e do que bandas como o Pink (quer dizer, genericamente falando, pois não há e nunca houve outra como eles) revolucionaram a música e as cabeças.
Não lembro ao certo quando foi meu primeiro contato com a banda, mas lembro que foi com este álbum, e através de uma fita K7 (Vat, 46', lembro até hoje!). Lembro também que aquilo foi um caminho sem volta, ali passei a conhecer e a gostar de música de verdade. É algo (este disco) que não tem explicação, e que jamais sairia de uma mente sóbria, mediana ou de seu próprio tempo. É a invenção do conceito de psicodelia. Não tem como ouvir sem sentir nada ou ficando indiferente. É uma patada. Um coice na boca do estômago. É, na verdade, e na humilde opinião deste que vos tecla, o melhor disco de todos os tempos. E de longe. Merece ser ouvido sempre, mas de preferência quando se tiver tempo para apenas ouvir, sem estar fazendo outra coisa ao mesmo tempo. É uma verdadeira viagem ao outro lado...
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
- Quantidade, +Qualidade!
Os mais assíduos sabem que a literatura sempre foi e é, para esta mente inquieta, assunto dos mais sérios. Coisa cara. E sabem também que o ano de 2012 foi sofrido neste aspecto, pelas razões comentadas aqui. Nestas férias também a coisa não está muito diferente, mas por opção. Mais vale acompanhar o crescimento, o desenvolvimento e as descobertas diárias da filha do que colocar a leitura em dia. Esta fase do desenvolvimento do nenê - criança não volta, não posso deixar para depois. Por isso, tenho optado por leituras mais certas, que sei que vou gostar.
Aí então duas indicações, que acabei de ler:
Enfim, há sempre boas opções, mesmo para quem não tem muito tempo (eu que diga...). Se não pode ler tudo que quer (como eu), vai nos teus preferidos que o prazer é certo. Vale também ir atrás de indicações de amigos, conhecidos e amantes das letras em geral. Crítica de revistas é que às vezes não é um bom negócio a seguir...
Aí então duas indicações, que acabei de ler:
- O Exército de um homem só, do Moacyr Scliar, contando a história do velho Capitão Birobidjan, que sonha construir uma nova sociedade (Nova Birobidjan), onde o homem não explora o homem. Tem todos os planos e métodos de ação para isso. É o Dom Quixote do século XX, bem conduzindo pela brilhante mente do Scliar. Os passos para a nova sociedade são uma crítica a regimes como o da URSS de Stalin.
- Figura na sombra, do Luiz Antônio de Assis Brasil, narra de maneira fictícia a viagem de Alexander Humboldt e Aimé Bonpland às américas, e como este último é, desde o início (e até o final da vida), a sombra do outro. Vale a descrição das localidades, a época e os costumes do início do século XIX. Este não é, certamente, o melhor livro do Assis Brasil, mas mesmo um livro médio dele é melhor do que a maior parte do que se produz em literatura no Brasil.
Enfim, há sempre boas opções, mesmo para quem não tem muito tempo (eu que diga...). Se não pode ler tudo que quer (como eu), vai nos teus preferidos que o prazer é certo. Vale também ir atrás de indicações de amigos, conhecidos e amantes das letras em geral. Crítica de revistas é que às vezes não é um bom negócio a seguir...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Seu amigo esteve aqui
Sim, talvez algum amigo seu tenha aparecido aqui pelo blog, mas o título deste post, na verdade, faz referência a um ÓTIMO livro que acabei de ler (grande presente da Andressa): Seu amigo esteve aqui, da jornalista Cristina Chacel.
Primor de texto (como normalmente ocorre em livros de jornalistas) e um personagem grandioso, merecedor de tal obra. Trata-se de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto (codinome Breno), dirigente da VAR-Palmares, desaparecido no Rio de Janeiro em 15 de fevereiro de 1971, nas mãos de nossos sanguinários ditadores. É aquele mesmo Beto ao qual Dilma Roussef fez referência em seu primeiro discurso como candidata à presidência, em fevereiro de 2000.
O livro narra a trajetória de Carlos Alberto desde a adolescência (um pouco antes) em Minas Gerais, sua formação (acadêmica e teórica), sua história na militância de esquerda, ações e importância em seu contexto. É um bonito relato de uma vida digna de registro literário (e mesmo cinematográfico, o livro daria um ótimo filme...). Nos relembra e nos faz pensar no desprendimento e no idealismo daqueles que lutaram contra a ditadura. Realmente não deve ser fácil privar-se da família, do lar, do lazer e da própria identidade em nome de uma causa. E de uma causa que não é pessoal apenas, mas coletiva; de um país inteiro. Isso sem falar em todos os suplícios que ele (e outros presos políticos) devem ter passado nas mãos daqueles que deveriam proteger a sociedade.
Enfim, um ótimo livro, uma bonita homenagem e um lembrete, para que não caia no esquecimento esta triste página da nossa história.
Primor de texto (como normalmente ocorre em livros de jornalistas) e um personagem grandioso, merecedor de tal obra. Trata-se de Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto (codinome Breno), dirigente da VAR-Palmares, desaparecido no Rio de Janeiro em 15 de fevereiro de 1971, nas mãos de nossos sanguinários ditadores. É aquele mesmo Beto ao qual Dilma Roussef fez referência em seu primeiro discurso como candidata à presidência, em fevereiro de 2000.
O livro narra a trajetória de Carlos Alberto desde a adolescência (um pouco antes) em Minas Gerais, sua formação (acadêmica e teórica), sua história na militância de esquerda, ações e importância em seu contexto. É um bonito relato de uma vida digna de registro literário (e mesmo cinematográfico, o livro daria um ótimo filme...). Nos relembra e nos faz pensar no desprendimento e no idealismo daqueles que lutaram contra a ditadura. Realmente não deve ser fácil privar-se da família, do lar, do lazer e da própria identidade em nome de uma causa. E de uma causa que não é pessoal apenas, mas coletiva; de um país inteiro. Isso sem falar em todos os suplícios que ele (e outros presos políticos) devem ter passado nas mãos daqueles que deveriam proteger a sociedade.
Enfim, um ótimo livro, uma bonita homenagem e um lembrete, para que não caia no esquecimento esta triste página da nossa história.
domingo, 20 de janeiro de 2013
A lista
Ah, sim, um pouco de atraso, mas agora é que me lembrei que todo início de ano coloco aqui a lista de minhas leituras do ano anterior, com as devidas recomendações. É que, como no ano passado li muito pouco (quase nada), isso tinha me passado. Bom, vamos lá; o que está destacado em verde são os melhores, os que recomendo como indispensáveis:
Como os amigos veem, li pouco mas li bem. Gostei da maior parte do que li e afirmo que nesta pequena lista os amigos encontrarão ótimas opções para boas viagens no mundo das letras!
- Os Farrapos (Carlos Urbim)
- Contos fluminenses (Machado de Assis)
- Canibais (David Coimbra)
- O ovo apunhalado (Caio Fernando Abreu)
- Sociedades secretas (Sérgio Pereira Couto)
- Manhã transfigurada (Assis Brasil)
- O cotidiano da República (Sandra Pesavento)
- Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na História do Brasil (Mary Del Priore)
Como os amigos veem, li pouco mas li bem. Gostei da maior parte do que li e afirmo que nesta pequena lista os amigos encontrarão ótimas opções para boas viagens no mundo das letras!
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Show da realidade
Há tempos atrás se dizia que o ano só começa depois do carnaval. Esta máxima, porém, já deve ser revista; hoje em dia, para muita gente, o ano só tem início com uma noca edição do bíguebróder. O que é triste e lamentável. Mas também diz muito do nosso povo e de porque o Brasil está do jeito que está... Tem gente a dar com pau que reclama de ter de votar uma vez a cada dois anos, mas vota toda semana no paredão...
O interessante é tentar entender por que é que este tipo de programa faz tanto sucesso. Tá, tem toda a questão de não forçar o cérebro (ou nem mesmo ser necessário um), de ser um programa leve, descomprometido com qualquer coisa mais séria ou inteligente e por aí vai.
Mas na verdade, há um outro aspecto interessante de ser analisado que é a questão de cada vez mais gente querer viver ou achar que está vivendo em um reality show, tamanho é o grau de contaminação que um programa deste pode causar. Como assim? Se o leitor participa ou tem acesso a alguma rede social, como o facebook ou o twitter, dá uma olhada (ou, para usar o jargão, 'dá uma espiadinha' em quanta gente posta coisas tipo "tomando um sorvete em tal lugar", "na praia tal com tal pessoa", "almoçando no...", "malhando", "indo dormir", e etc.
Por que é que alguém tem a necessidade de informar aos outros tudo o que está fazendo, cada passo que dá? Desejo de se sentir 'famoso', de querer ser seguido? (e tanto famoso de verdade querendo anonimato, poder seir tranquilo nas ruas...). Mais (e pior): por que é que tanta gente curte esse tipo de postagem e segue e passa horas lendo isso? O que interessa às pessoas o que os outros estão fazendo, aonde e com quem?????
Na boa, talvez seja caduquice desta mente inquieta, mas que é difícil de entender, ah isso é...
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