No último dia de trabalho antes das férias o trabalho simplesmente não rende. Pode até tentar digitar alguma coisa, fazer contatos com clientes, repassar pauta da última reunião, arrumar a sala e a mesa, procurar imagens ou projetos na internet; nada disso rende. A cabeça já está longe, pensando na praia, nos dias perfeitos de sol, nas cervejas estupidamente geladas, nos espetinhos de camarão, na água límpida e absolutamente cristalina e areia fofa de Ponta das Canas, nas caminhadas pela beira da praia, sem compromisso com o relógio nem com mais ninguém.
E as mulheres, então? Ah, aquelas mulheres lindas (a maioria, pelo menos), praticamente nuas, com pouco mais do que alguns centímetros de tecido cobrindo pontos estratégicos do corpo, nos fazendo supor que um outro mundo é possível, além do truncado universo da mente feminina. Na beira da praia tudo é diferente: vontades, compulsões consumistas, fofocas, crises de ciúmes, cenas infantis do sexo feminino, tudo enfim parece deixado de lado em nome da sensualidade. Um verdadeiro espetáculo de prazer que a gente compra no verão e paga o resto do ano, em casa.
Isso sem falar na falta de compromisso, a não ser o de ficar ali, simplesmente lagarteando em uma boa cadeira à beira-mar, esquecido de todo e qualquer problema e agradecendo a deus por proporcionar todo esse luxo e prazer de vez em quando. Até a luxúria. Que não seja blasfêmia. Pelo menos não muito grave.
Definitivamente, não tem mesmo como trabalhar sossegado pensando em tudo isso. O último dia antes das férias é assim.
Pena que ainda faltam uns dez meses para chegar esse dia.
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