segunda-feira, 26 de abril de 2010

Diferente

Dica um pouco diferente de leitura desta vez. Ao menos para mim.

(Cenas da vida aldeia - Amós Oz)

Contos longos e diferentes daquele estilo de história encaixada, com 'desfecho revelador' ou coisa parecida. Nem dá para ler esperando isso.
Na verdade, as histórias não são diretas, mas dizem muito sobre solidão, preconceito e sofrimento, e de uma forma bem peculiar. Os contos são independentes e podem ser lidos em qualquer ordem (senão não seriam...), mas todos (menos o último, um primor do que seriam os últimos instantes antes do apocalipse) relacionam-se entre si, indiretamente. As histórias não, mas o lugar é sempre o mesmo (a centenária aldeia de Tel Ilan), e alguns personagens aparecem em mais de um conto.
Com as descrições dos lugares e cenas, mais este recurso, lá pelo quarto ou quinto conto é como se já conhecêssemos toda a aldeia e seus principais tipos!
Importante ressaltar a origem do escritor: judeu, nascido em Jerusalém e que viveu por três décadas em um kibutz, morando atualmente em Arad, no deserto do Neguev. Entende-se assim um pouco do cenário criado por ele (a aldeia), e talvez um pouco da psicologia dos personagens.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ê gentinha imbecil...

É impressionante ver a que ponto chega a imbecilidade de algumas pessoas.
Aliás, parece que só eu ainda me impressiono com isso...
E olha que não é só imbecilidade, é egoísmo, individualismo e falta de caráter também.
Já comentei aqui, nos posts sobre Porto Alegre, o quanto me indigna ver pichações. É uma praga urbana que deve ser combatida (disque 100) . É coisa que só emporcalha a cidade e a deixa feia, imunda e desagradável, além de demonstrar a total falta de consciência dos doentes que fazem isso.Tipo: uma pessoa roubar algo não é de se aceitar, mas se pode entender, pois ela estará levando vantagem sobre outras. Agora, pichar??? Faz bem em quê? É bom para quê? Quem se beneficia? Qual é o benefício desta abominável prática?
Além de um profundo desrespeito com os bens e o dinheiro dos outros, os pichadores demonstram também um doentio descaso com seu próprio bolso ao picharem obras e prédios públicos. Pior: demonstram uma ignorância (na má acepção da palavra) extrema ao danificarem até mesmo o patrimônio artístico e histórico da cidade... Como se não fosse suficiente, ainda se sentem tão orgulhosos de sua boçalidade, que assinam sua estupidez. A assinatura é como um troféu, para mostrar aos "concorrentes" quem consegue ser o mais burro...
Agora, além de tudo isso, o que motivou este post foi o egoísmo de algum desses pichadores, ao não permitirem que famílias carentes recebam um pouco de comida.
Explico: os moradores de um prédio na capital combinaram entre si que a cada mês que ele não fosse pichado, eles se cotizariam para entregar uma cesta-básica a entidades carentes (afinal, sai mais barato do que pagar a pintura do prédio). Decidiram isso e colocaram uma placa para avisar os pichadores, tentando contar com uma suposta solidariedade que eles pudessem ter. O resultado: pelo que soube, não durou dois dias a tentativa... Vermes não são solidários.

Até tirei uma foto mais ampla, mostrando a fachada e a pichação inteira, mas como esses imbecis gostam de propaganda, achei melhor não colocar aqui. Só esta foto, em detalhe, já mostra a falta de coração destes seres.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tempos modernos

Não, o motivo desta postagem não é comentar o genial filme de Chaplin. Infelizmente, o motivo é este:



E é o mesmo que havia motivado este outro post, dias atrás, ou seja, o jeito que está o mundo hoje. O individualismo atingiu um ponto tão absurdo, tão exacerbado em nosso tempo, que coisas como essa acontecem por aí. Pior, como o imbecil mesmo admitiu, em matéria da Zero Hora (tá, a fonte não é das melhores, mas foi a primeira que achei mostrando a fala do estressadinho), haviam mais de 3000 vagas no estacionamento. Mais de três mil!!! Pelo que se vê nas imagens, a maioria esmagadora delas estava desocupada. Por quê então o BurRudicir não colocou em outra??? E ainda se ofendeu quando o cidadão, pai de cadeirante, o chamou de analfabeto... Conseguiu o que com a agressão? Provar que além de analfabeto é descontrolado??? Violento? Covarde?
Mas voltando: esse tipo de atitude, o INDIVIDUALISMO, o querer levar vantagem em tudo, é que não dá mais para aguentar... Cada um só pensa em si, os outros que se ralem. "Ah, eu consegui uma vaguinha pertinho para mim (a velha desculpa da pressa ou do "só-ia-levar-uns-minutinhos"), azar dos outros", ou "o mundo é dos espertos", isso NÃO DÁ MAIS PARA TOLERAR. Este mundo (dos espertos) é que eu não quero mais. Melhor sonhar com um mundo dos honestos, dos amigos, dos solidários, ...
Utopia? Fantasia? Ingenuidade?
Pode ser, mas prefiro chamar de esperança. Se é para viver passando a perna nos outros, passando por cima de qualquer um, que mundo é esse? E de que adianta reclamar dos políticos que agem desta forma? Quem faz coisas como essas acima, faz o mesmo que tais políticos, só que em outra escala...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Política hoje

Muito já se falou sobre o assunto, eu sei. Eu mesmo já tinha pensado em postar o que vem agora, mas tinha encontrado números meio discrepantes, então aguardei até conseguir algo mais concreto.
Pois agora me veio uma fonte que, para mim, tem o peso da fidedignidade: Élio Gaspari.
Seguinte: todos viram a tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro e região metropolitana, como o Morro do Bumba, em Niterói, ou o alagamento da Praça da Bandeira, na capital carioca. Cenas de muita dor e tragédia. Fortes e tocantes também foram as palavras emocionadas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do governador do estado, Sérgio Cabral.
Mas (quase tudo na vida tem um mas!!) vejamos o que houve.
O prefeito Eduardo Paes solicitou verbas no valor de R$ 270 milhões ao governo federal para enfrentar o alagamento da dita praça, alegando insuficiência de recursos na prefeitura.
O problema é que a própria prefeitura separou R$ 120 milhões para gastar em publicidade... Mais ainda, o governo do estado destinou ao mesmo fim a quantia de R$ 180 milhões.
Ou seja, somando as duas quantias daria para realizar um bom programa de prevenção a enchentes e ainda sobrariam uns R$ 30 milhões!!!!
Mas política hoje (há quem diga que sempre foi assim, mas a publicidade política hoje é das áreas que mais crescem) é isso: faz-se pouco e, por isso mesmo, gasta-se muito propagandeando o pouco que se fez (como se muito fosse...)!

sábado, 17 de abril de 2010

Por dias maiores, please!

Pelamordedeus, dias com 24 horas não são mais suficientes...
Nem em finais de semana; como dar conta de tudo²????
Ê vida difícil...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Guri novo

Adoro fotografia, mas sempre me preocupei com o objeto o a paisagem a ser fotografada, nunca com a técnica. Agora o guri novo aqui, fuçando na câmera, aprendeu a tirar aquelas fotos com movimento! Aí vai uma das primeiras imagens que fiz assim. Tosca, de tão simples, mas é que eu ainda estou meio bobo com meu progresso!
(a propósito, tempos atrás, quando estreei a seção "Imagens" não cheguei a explicar, mas só vou colocar aqui imagens feitas por MIM - até porque na internet já tem alguns milhões de imagens - a ideia aqui é colocar, como nos textos, o meu ângulo, meu ponto de vista!)
Buenas, eis, então, a imagem!

domingo, 11 de abril de 2010

Mundo moderno

Serei obrigado a começar este post com um pedido de desculpas. Sinceramente. Se algum taxista ler este texto (ou parente ou amigo de um) por favor reflita antes de me condenar. Eu mesmo tenho alguns amigos e companheiros de futebol que são taxistas, e atesto que, ao menos fora do taxi, são pessoas sensacionais. Não sei como são quando estão trabalhando.
O fato é que Porto Alegre, por mais que eu goste e que fale bem (como fiz há poucas semanas, quando do aniversário da cidade), já cresceu e tem os problemas de qualquer outra grande cidade. Alguns ligados ao trânsito. Muita gente fala mal de motoboys, nem vou entrar neste mérito aqui.
O que motiva este post de hoje e este assunto tão delicado é algo que aconteceu comigo ontem. Estava entrando em um shopping quando, bem em frente à cancela, um taxista tentava, acho eu, atravessar meu carro para entrar na minha frente. O fato é que ele estava do meu lado, e não na minha frente, tentando me fechar. Ele tentou mesmo é me empurrar para o lado, me fazer desistir de entrar ou coisa parecida, pois, repito, não estava na minha frente. Se estivesse, eu seria obrigado a parar. O fato é que eu estava na reta da cancela e ele fora, na pista da esquerda, tentando me enxotar da frente da cancela para entrar, eu que me ralasse... E só parou quando buzinei, e o carro dele estava a MENOS DE UM PALMO do meu. Aí que veio o problema: ele até parou, mas botou metade do corpo para fora da janela, começou a gritar, ofender toda minha família e ameaçou me pegar e fazer um monte de coisas com o meu carro depois que eu estacionasse e entrasse no shopping, e que eu não conseguiria sair do mesmo... Cúmulo do cúmulo do absurdo... Por causa de uma buzina(?).
Resultado: não tendo dinheiro para pagar conserto (e ainda que tivesse, seria o absurdo total), e também por pressão da minha mulher, acabei nem estacionando no shopping, saí direto. Não teria a mínima cabeça para fazer o que fui fazer lá dentro e depois chegar no estacionamento e ver meu carro sabe-se lá como...

Aí que vem várias coisas que se pode pensar: será que o tal "taxista" (coloco entre aspas, pois tal comportamento, para mim, é mais de bandido do que de alguém que trabalhe e tire o sustento por tal meio) estava com problemas pessoais e disposto a descontar em qualquer um? Se sim, o que seria capaz de fazer/ que crime será que não cometeria... Será que também não é reflexo da profissão? Explico: em 10 minutos chego no meu trabalho, todas as manhãs, e levo 20 para voltar para casa, por causa do movimento do fim da tarde; nesse curto tempo que dirijo, muitas vezes me estresso com coisas que vejo, motoristas, que se atravessam/ passam no vermelho/ fecham, etc. Imagina alguém que passa o dia no trânsito, é altamente desgastante, fisicamente e, em especial, psicologicamente. Tá ontem, quando aconteceu isso, era sábado, dia em que o trânsito nem é tão intenso, mas sabe-se lá o que tal "taxista" tem de stress acumulado... Será que motoristas de grandes cidades não deveriam ter acompanhamento psicológico ou exames psicológicos/ psiquiátricos periódicos? Terá que acontecer alguma coisa mais grave para alguém pensar em fazer algo? Os taxistas se unem tanto, e de uma maneira tão bonita quando um deles é assaltado ou morto, porque não se unem para limpar sua imagem, quando um deles faz alguma bobagem?
Sei lá, talvez seja reflexo da vida em grandes cidades, ou destes tempos loucos (e corridos) em que vivemos. Mas que dá uma tristeza, uma angústia, uma melancolia, isso dá...
Repito: não quis aqui fazer nenhum julgamento de classe ou de profissão, todas que existem (lícitas) são importantes para o funcionamento da sociedade. E em todas (SEM EXCEÇÃO) há bons e maus profissionais. Só acho que respeito, educação, cortesia, boas maneiras também são, FUNDAMENTAIS. Sei lá, dá uma tristeza ver o jeito caótico e violento que está o mundo, e o quanto as pessoas estão individualistas... É isso que chamam de progresso?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Saci, não!

Na boa, esse negócio de politicamente correto já está ficando um saco...
Começou com aquilo de não chamar mais "negro" de "negro", mas sim de afrodescendente. Nunca alguém me chamou de eurodescendente, e jamais fiquei ofendido por isso. Sei, são situações diferentes, mas a terminologia determina algo? Mudar a palavra resolve os problemas? Falando sério, conheço bem mais neg..., digo, afrodescendentes racistas do que br... eurodescendentes. Isso sem falar nos asiáticodescendentes...
Mais, a coisa degringolou de vez quando resolveram chamar uma regra da língua portuguesa (de que termos de ambos os gêneros podem ser apresentados pelo masculino) de machista, e, pior, dizer que isso era prejudicial. Tipo na abertura de uma palestra ou discurso, quando antigamente diziam "Bom dia a todos". Agora é errado, agora diz-se "Bom dia a todos e a todas." As mulheres, por acaso, não estão incluídas no"todos"? Isso é responsável pelo machismo ou pelos maus-tratos às mulheres? Em vez de se preocuparem com bobagens como essa, se realmente querem acabar com preconceito de gênero, por que é que não zelam pela mesma remuneração para ambos os sexos (para o mesmo cargo)? Perda de tempo e imbecilidade...
Agora, quando começaram a falar em "pessoa humana", aí "caíuosbutiádobolso". Pelamordedeus, alguém aí conhece alguma pessoa não humana?????
Absurdo, cúmulo da neurose e falta de ocupação... Ou, como se diz por aí, "falta de um tanque de roupa para lavar!"
Como diz o Paulo Bonfá, "Hoje em dia o saci seria um afrodescendente portador de necessidades especiais."

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O que ela tem na barriga nós sabemos, mas o que terá na cabeça?


Bah, sempre quis dar um título grande assim, só agora consegui! Talvez pelo tema do post...
Bom, para quem não conhece a história, Donna Simpson é uma norte-americana de 42 anos e que pesa em torno de 270 quilos. Há três anos, quando teve sua filha, pesava 235 e seu parto, por ser de alto risco, envolveu uma equipe com 30 pessoas.
Tá, vai lá, nada demais até aqui.
O problema é que ela ainda não está satisfeita: quer entrar para o Guiness sendo a pessoa mais obesa do planeta. A meta da fofa é chegar aos 450 (aham, quatrocentosecinquenta) quilos! Terá, para isso, de manter uma dieta diária de 12.000 calorias, durante mais ou menos dois anos...
Como a coisa funciona: ela tem um site onde as pessoas pagam para assistí-la comendo (????) ou tomando banho (????). Com este dinheiro ela paga as despesas SEMANAIS de supermercado, em torno de US$750. Tem feito as compras de moto, pois não consegue se locomover muito.

Legal até certo ponto, a questão de fugir do 'estereótipo barbie', etc., mas aí já é demais...
Será que ela não sabe o que está fazendo consigo mesma? Ninguém a alertou sobre a saúde? Ou sobre a vida vegetativa que levará? Sobre os prazeres da vida dos quais ela própria está se condenando à privação? Até eu sou fanático por comida, mas não sou burro!

Moral da história: tem gente que faz de tudo para não trabalhar... E para aparecer, então...

sábado, 3 de abril de 2010