A "zona do euro" nunca mereceu tanto este nome. Crises sucessivas em vários de seus membros (e simultâneas) e antigos preconceitos voltando à tona com a entrada dos países do leste europeu levam muitas pessoas a questionar a continuidade de seus países no bloco.
Na Alemanha, por exemplo, recente pesquisa apontou que 51% da população acreditam que o país estaria melhor fora da zona (do euro, bem entendido). E, tanto ou mais grave ainda, 71% dos alemães entrevistados defendem a exclusão da Grécia do bloco no caso de ela não cumprir as metas de austeridade...
Como Marshall Bermann já dizia, tudo que é sólido desmancha no ar. Para quem nasceu e cresceu na Guerra Fria, é mais uma grande mudança. Depois da solidez da formação de vários blocos e comunidades inter e supranacionais, parece que estamos vivendo uma nova era político-econômica (nós, do Mercosul, nem precisamos ir muito longe para ver isso...). Sabe-se lá o que o Fukuyama inventaria a respeito...
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