Mas em meio a esse turbilhão todo que assolou (para o bem, sem dúvida) a minha vida, acabei não colocando aqui as devidas palavras sobre o último romance que li (sabe lá quando vou conseguir ler outro agora...): Manhã transfigurada, do Assis Brasil.
História limpa, com apenas quatro personagens centrais, que são o eixo do enredo, um quase triângulo amoroso entre uma mulher casada, Dona Camila, que mora apenas com escravos em um casarão em frente à praça da igreja, em Viamão (mora só, pois seu marido pede a anulação do casamento ao descobrir que ela não era virgem quando da realização do matrimônio), o Padre Ramiro e seu ajudante Bernardo, responsável também pelas notas e registros civis. Os acontecimentos são contados, quase sempre, a cada capítulo, por um dos envolvidos, fazendo com que se possa conhecer a história por pontos de vista diferentes.
Além disso, como é constante na obra do Assis Brasil, há uma boa e fidedigna reconstituição histórica, com os devidos costumes e mentalidades da época retratada.
Enfim, sendo do Assis Brasil, dá para comprar (ler, não!) no escuro!
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