Valores são deixados de lado, a palavra não tem mais valor algum, costumes e obrigações profissionais são descartados, o individualismo impera mais do que nunca, a vulgaridade é mais preciosa do que a qualidade, a inteligência e o cérebro ão cada vez mais desprezados...
Se fosse abordar tudo o que vem à mente, este post não teria fim. Vamos a apenas dois exemplos, que ilustram bem o parágrafo acima:
- Há 100 anos atrás, em 1912, o Capitão do Titanic, como todo bom comandante de navio, afundava juntamente com ele, vendo a impossibilidade de salvação. O comandante de uma embarcação deve sempre ser o último a deixá-la, ou, sendo impossível isto, afundar com ela. Valores em crise? O comandante Francesco Schettino, do navio italiano que naufragou dias atrás, foi dos primeiros a abandoná-lo, deixando mais de 2000 passageiros à sua própria sorte...
- Estamos lembrando os 30 anos da morte deuma das maiores (senão a maior) cantoras brasileiras, Elis Regina. Tempos de boa música, com sentimento e alma, boas letras e qualidade. Mas abre-se um espaço mínimo para a data e a cantora na mídia, pois o resto do tempo é da 'Telómania'. Não dá para a acreditar no que estão fazendo: é a tal música 'assim você me mata' (até não precisa matar, mas pelo menos podia calar...) em propagandas, programas de variedades, versão em inglês na 'sua revista eletrônica semanal' e até mesmo em noticiários e programas esportivos (?) Pelamordedeus, aí quando reclamo da TV me chamam de ranzinza e mal humorado, mas tá difícil...
Frente a tudo isso, é impossível não ser ao menos um pouco nostálgico. E olha que só citei dois exemplos.
Dentro disso, um brindezinho aos leitores, para entender a que me refiro quando falo em qualidade. Peguei de propósito este vídeo, em que a interpretação foi na 'sua revista eletrônica semanal'.