sábado, 22 de dezembro de 2012

Os farrapos




Não, a PequenAlice não dá trabalho nenhum. Ao contrário, ela é que me faz relaxar do meu extenuante ofício. Ele é que me tira todo o tempo. O leitor mais antigo do blog deve lembrar que a esta altura do ano eu normalmente já tinha lido e comentado uns vinte e poucos ou trinta livros, este ano foram ridículos 7 (oito agora). Mas vamos lá, espero que as coisas ainda se ajeitem.

Bom acabei agora, finalmente, de ler o "Os Farrapos", do Carlos Urbim. É sem dúvida o livro mais bonito que li nos últimos anos. Falo em termos de projeto gráfico: papel de qualidade, mais grosso e envelhecido, capa dura envelhecida, ilustrações antigas, etc. O livro foi feito para ser premiado (como de fato foi, levou em 2002 o Prêmio Açorianos, na categoria projeto gráfico.

Em termos de qualidade de texto, o melhor livro que há sobre a Revolução Farroupilha ainda é o História regional da infâmia, do Juremir. Mas este do Carlos Urbim é bom também, pela linguagem mais acessível e pelo grafismo, que realmente prende. Não se aprofunda muito  em nenhum aspecto-chave, pois não é a proposta, como também não traz novidades em relação ao assunto. Para começar a estudar a revolução é uma boa pedida sim!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Burrocracia

Não, você não leu errado o título. Nem eu errei a digitação.
Na verdade, somente agora que voltei aqui é que me dei conta de que a última postagem foi há quase dois meses já... Sabia que fazia um tempinho, sempre pensava no blog e planejava: assim que acabar esta tarefa vou atualizá-lo". O fato é que dormia todos os dias, nos últimos dois meses, sem ter acabado as tarefas e recebendo MUITAS outras mais. Na verdade, não vivi nestes últimos dois meses. Não os vi passar, não os senti na minha vida. Na verdade, o corpo até sentiu: as dores de cabeça ocorreram diariamente, junto com algumas crises nervosas e de stress e algumas outras dores. Os olhos também não veem mais com tanta perfeição - descobri que uma das grandes causas das dores de cabeça eram os olhos, já não vendo muito bem de perto. E só me dei conta disso quando os braços começaram a doer - estava lendo com os braços esticados já...
Enfim, tudo isso (inclusive a sensação absurdamente desumana de não ter vivido esses meses - sem estar em coma) por conta da 'burrocracia' e dos modismos que vem assolando a Educação nos últimos anos. O Professor não é mais uma pessoa, ele perdeu sua condição humana para se transformar em uma peça a serviço de caprichos pessoais de terceiros. E, como peça, pode trabalhar sete dias por semana, por doze, quatorze ou mais horas por dia. E, se a "vida" se resume a isso, pode-se pagar pouco - vai fazer o quê com dinheiro, sem tempo?
Sim, meio chimarrão, meio Papai Noel (amargo e com o saco cheio).